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Arraial do Pavulagem fará cortejo em defesa da Amazônia

Cortejo sai com a chegada da Romaria Fluvial e será encerrado com música

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Com músicas indígenas, carimbó, e o Vois sois o Lírio Mimoso no ritmo de Mazurca, o Arrastão do Arraial do Pavulagem, uma tradição de quase duas décadas, vem com um manifesto poético e lúdico em defesa da Amazônia neste sábado, 12 de outubro. A concentração começa às 9h, e na chegada da Romaria Fluvial sai o cortejo pela Boulevard Castilho França, dá a volta na praça dos Estivadores e encerra com uma roda ancestral na praça. 

São mais de 500 integrantes do Batalhão da Estrela que com seus instrumentos de percussão, de sopro, dançarinos e pernaltas (pernas de pau) se unem para saudar e receber a Padroeira dos Paraenses, Nossa Senhora de Nazaré. Durante os meses de setembro e outubro, os brincantes fizeram da praça dos Estivadores um grande espaço de ensaio com as vibrações da música e alegria dos dançarinos e o amor pela cultura popular.

A indígena Márcia Kambeba, do povo Kambeba do Amazonas, participa pela primeira vez do evento e comemora por estar integrada a esta homenagem. “Participar do cortejo junto com o Arrastão do Pavulagem é uma emoção e uma honra poder receber Nossa Senhora de Nazaré com cantos indígenas numa forma de mostrar que somos todos filhos de uma mesma Mãe”, pontua.

Kambeba conta que três músicas indígenas de sua autoria fazem parte do repertório do Arrastão do Arraial do Pavulagem. “São três canções que trazem uma mensagem sobre a Amazônia. A letra em tupi diz que a Amazônia deve ser vista como uma grande casa pertencente a todos e que todos devem ter amor pela maga, rio e terra. O homem como ser animal não pode ser de todo tão irracional a ponto de destruir sua própria existência”, pontua.

Sobre os povos indígenas, Márcia Kambeba ressalta que eles lutam pelo bem viver e “sempre buscando uma terra sem males convida a um pensar crítico e reflexivo sobre nossas ações não só com a Amazônia, mas com a vida no planeta”, conclui.

Repertório

Rafael Barros, instrutor da oficina de percussão conta que para o Arrastão do Círio deste ano, foram realizadas oficinas e cerca de 90 pessoas se integraram ao Batalhão da Estrela. “São 90 novatos e mais a parte da percussão do Batalho são 200. No total teremos 470 pessoas no Batalhão, formado por músicos, dança e pernaltas”, informa.

Barros comenta sobre as músicas que serão tocadas no Arrastão 2019. “No repertório teremos uma Homenagem à Nossa Senhora tocando o Lírio Mimoso no ritmo de Mazurca (ritmo pontuado) e também carimbó, boi bumbá e rojão (no ritmo de Cordões de Pássaros)”, explica.

O cortejo segue pelo Boulevard Castilho França até em frente o Sesc Ver o Peso, dá a volta e retorna para praça dos Estivadores. Na chegada será feita uma Roda Ancestral pelos brincantes, onde serão entoadas músicas indígenas, africanas e um dos pontos altos, será a execução simultânea de mil roques roques (Brinquedos de miriti) ao mesmo tempo, possibilitando um som como se fosse uma revoada de pássaros.

Após a Roda Ancestral, o Arrastão do Círio do Arraial do Pavulagem encerra com um show cultural do grupo. A previsão de encerramento é por volta de 15h, tudo de graça para o turista e morador de Belém do Pará.

A banda Arraial do Pavulagem é formada pelos vocalistas: Ronaldo Silva e Júnior Soares, Rafael Barros e Franklin Furtado (Percussão), Rubens Stanislaw (Baixo), Franklin Furtado e Marcelo Fernandes (guitarra). O grupo desenvolve há mais de 30 anos, um repertório voltado para a pesquisa de ritmos e linguagens sonoras do Estado do Pará.

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