Círio de Macapazinho: agrovila quilombola de Castanhal homenageia Nossa Senhora de Nazaré
A programação começou por volta de 7h30, com a Santa Missa de abertura do Círio, seguida do Círio Fluvial

A 98ª edição do Círio de Macapazinho, agrovila quilombola localizada a 15 quilômetros da zona urbana de Castanhal, foi realizado neste domingo (3).
A homenagem a Nossa Senhora de Nazaré é uma romaria fluvial acompanhada por dezenas de embarcações pelo rio Apeú.
A festa para Nossa Senhora começou por volta de 7h30, com a Santa Missa de abertura do Círio, na agrovila de Boa Vista. Após isso, deu-se início ao Círio Fluvial. A imagem foi colocada na berlinda, que a aguarda no principal barco, localizado no porto da comunidade. Em seguida, entram os anjos.
Logo após a saída da imagem, os outros barcos e canoas a seguem e, assim, começa mais uma procissão. O percurso pelo rio Apeú é de cerca de quarto quilômetros, com 1h30 de duração. A homenagem é um pouco silenciosa, pois não tem música, como nos outros Círios.
Na chegada a Macapazinho, mais emoção. Centenas de devotos a esperavam as margens do rio. Fogos e aplausos marcaram a entrada de Nossa Senhora na vila quilombola.
A segunda pare da homenagem é sempre um pequeno cortejo pelas ruas de Macapazinho. A berlinda é levada em carro e seguida por centenas de fiéis. O percurso encerrou no coreto da praça, onde foi realizada a segunda missa do dia.
História
A tradição é muito grande na comunidade. Tudo começou no ano de 1927, quando o músico Emílio do Rosário, que dava aulas na comunidade sofreu um acidente de barco a caminho de Belém. Somente o músico se salvou e por isso fez a promessa a Nossa Senhora de que faria um Círio em sua homenagem na comunidade de Macapazinho, em forma de agradecimento.
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