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Caminhada, em Belém, reforça parceria contra corrupção

Evento do Ministério Público ocorreu no Parque do Utinga

Eduardo Rocha
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Integrantes do Ministério Público e cidadãos em geral participaram da II Caminhada do Ministério Público contra a Corrupção, no Parque Estadual do Utinga, em Belém, na manhã deste domingo (15). A intenção dos organizadores do evento foi a de reforçar a parceria do MP com a sociedade para combater essa prática no Páis que atinge o erário público e a prestação de serviços e, em particular, a qualidade de vida dos cidadãos no País. Por volta das 8 horas, a caminhada de cinco quilômetros começou, logo após o aquecimento dos participantes no estacionamento do Ideflor-Bio. Na chegada, houve rehidratação e fitdance. A partir das inscrições, foram arrecadadas duas toneladas de alimentos, entregues, ainda no domingo, para as instituições Casa do Menino Jesus, Lar de Maria, Comunidade Nova Zelândia, Lar Cordeirinho de Deus e Abrigo Especial Calabriano.

O evento foi promovido pelo Ministério Público de Contas do Pará, Ministério Público de Contas dos Municípios do Pará, Minsitério Público Federal, Ministério Público do Pará e Ministério Público do Trabalho do Pará e Amapá, em parceria com associações dos servidores dos órgãos, tribunais, Auditoria Geral e Defensoria Pública do Pará e Ideflor-Bio. De acordo com o Fórum Nacional de Combate à Corrupção (FNCC) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Brasil perde com a corrupção, todos os anos, cerca de R$ 100 bilhões que poderiam ser utilizados para melhorar bens e serviços oferecidos à população.

Como ressaltou a procuradora geral do Ministério Público de Contas do Pará, Silaine Bendramin, à frente da coordenação do evento, desetacou que a Caminhada visou chamar a atenção da sociedade para o problema grave da corrupção. O evento foi pensado em alusão ao Dia Internacional do Combate à Corrupção, transcorrido em 9 de dezembro, e Dia do Ministério Público, em 14 de dezembro. "Reunimos os ramos do Ministério Público e fazer essa Caminhada, convidando a população a refletir sobre esse tema; a gente sabe que historicamente o Brasil é um país com alto índice de corrupção, e a gente precisa mudar isso. Como? Somente unindo esforços com a sociedade que tem o controle social, tão importante para a gente conseguir transformar o nosso País", observou. "O 'jeitinho brasileiro' não é bom; subornar guarda, furar fila, parar em lugar proibido, isso deve ser rechaçado pela sociedade. Deve-se começar a partir dos pequenos atos de corrupção, porque quando a pessoa tiver oportunidade, ocupando um alto cargo, ela vai realizar grandes atos de corrupção; então, a mudança começa nos pequenos atos", completou.

Vigilantes

Os cidadãos podem e devem denunciar casos suspeitos de corrupção no País, o que pode ser feito por meio dos sites dos ramos do Ministério Público. Para o procurador da República, Ubiratan Cazetta, o movimento simbólico de combate à corrupção atrelado a uma caminhada, como evento esportivo e lúdico, "amplia o nosso compromisso de combate à corrupção". O promotor de Justiça Aldo Saife, chefe de Gabinete do MPPA, disse que os ramos do Ministério Público devem sempre estar irmanados para agir nesse sentido.

Marco Aurélio Nascimento, promotor do MPPA, disse acerca dos efeitos perversos da corrupção, "como se diz no popular, o dinheiro sai pelo ralo, e investimentos para áreas imprescindíveis para a sociedade, como saúde, educação e assistência, ficam desamparados ou têm menos recursos". "A sociedade tem que estar vigilante, e se tem instrumentos hoje por meio dos quais se pode ficar de olho, como a questão da Transparência, e a internet tem ajudado muito nisso, para se acompanhar como os recursos públicos são gastos, como, por exemplo, com relação à merenda escolar, e a sociedade vigilante os recursos são bem aplicados", arrematou.

Sem segredo  - Rosângela Araújo, 50 anos, vendedora autônoma, moradora do bairro do Telégrafo, fez questão de participar da Caminhada. "É importante se posicionar contra a corrupção, vir para um evento como esse; a ação começa pela gente", arrematou.

Rodier Barata, diretor geral da Escola do MPPA e titular da Área do Patrimônio Público e de combate à improbidade administrativa, destacou que seis promotores de Justiça atuam nesse segmento em Belém, além de promotores no interior. São checadas denúncias sobre improbidade administrativa. "É fundamental que o cidadão continue fiscalizando o uso dos recursos públicos e acreditando na atuação da instituição, contando com o Ministério Público como parceiro", assinalou. "Se não trabalharmos a conscientização contra a corrupção para as gerações futuras, nós não vamos mudar o sentimento que o mundo externo tem do brasil que nos coloca como um dos piores países em termos de corrupção", enfatizou o O presidente do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, Sérgio Leão.

Conselheiro do TCE-PA, Luís Cunha, enfatizou: "Não se pode ter segredo para dinheiro público; tem que ter transparência, o cidadão tem o direito de saber quanto cada admniistrador público recebeu e como aplicou no serviço público". Como disse o procurador-chefe substituto do MPF PA, Paulo Santiago, a conexão dos órgãos de controle externo com a sociedade é estrutural para o combate ao mau uso dos recursos públicos. "Os órgãos de controle não podem agir isoladamente, mas em contato com a sociedade; essa iniciativa conscientiza a população sobre essa necessidade", observou. A corrupção, como salientou, é um mal grande e ocorre de forma sistêmica no Brasil e que tem de ser combatido". "A corrupção mata", enfatizou.

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