Banco da Amazônia tem recorde de aplicação em 2020: R$ 10,7 bilhões em fomento na Região Norte
Presidente da instituição, Valdecir Tose, faz balanço do ano e perspectivas para 2021

O ano de 2020 trouxe muitos desafios para a economia. A pandemia de Covid-19 afetou os mais diversos segmentos de mercado, desestabilizando de pequenos a grandes negócios. Frente à situação, o Banco da Amazônia reforçou o seu papel de fomento e desenvolvimento da Região Norte, criando soluções para os empreendedores e desburocratizando o acesso ao crédito em um momento tão desafiador.
Os resultados são traduzidos em números. A instituição financeira fecha o ano com recorde de aplicação: R$ 10,7 bilhões entre recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), recursos próprios, dentre outros. Em 2019 foram aplicados R$ 8,1 bilhões. De acordo com o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, as medidas adotadas pelo Governo Federal, somadas aos esforços e incentivos do banco, foram essenciais para manter a economia estável em um cenário complexo.
"Somente no estado do Pará foram disponibilizados R$ 3,2 bilhões em recursos. Historicamente isso nunca foi aplicado no banco. Sem dúvida, esse incentivo foi essencial para ajudar a estabilizar a economia, mantendo empreendimentos e empregos", destaca Valdecir Tose.
O presidente explica que os recursos foram aplicados de forma bastante diversificada, abrangendo diversos setores nos estados de atuação do banco. "Aplicamos R$ 5 bilhões para o agronegócio, R$ 3 bilhões para infraestrutura e R$ 2,7 bilhões incluindo as demais linhas", detalha.
Ainda segundo Valdecir, só para as micro e pequenas empresas, dentro das linhas emergenciais (Pronamp, FNO Emergencial e FGI), foram aplicados R$ 800 milhões. Com todos os investimentos, a previsão é que a região amazônica tenha uma queda no PIB inferior às demais regiões, com média estimada em 2.5, enquanto o país terá uma média de 4.5 a 4.8.
"Tivemos um conjunto de ações que contribuíram para esses resultados em um ano como este, com pandemia. O governo adotou medidas extremamente efetivas, por isso, a economia deu uma retomada, está crescendo. Evidentemente, isso tem um impacto fiscal para o país, mas foi necessário", explica o presidente do Basa.
Estratégias
Dentre as medidas adotadas pelo banco, está a proteção dos colaboradores, com o mínimo de exposição possível, para que pudesse continuar atendendo ao público. Dos 2.800 funcionários, a instituição chegou a ter 1.800 trabalhando em home office.
Já na frente direta com a população, Valdecir destaca que foi necessário agir em dois pontos: as parcelas de financiamentos que já existiam, onde entrou a suspensão, principalmente para as atividades mais atingidas, como micro e pequenas empresas no setor de comércio e prestação de serviço. E, na sequência, a liberação de crédito para capital de giro e giro emergencial, para atender às necessidades das empresas que precisavam se adequar, com novos financiamentos e investimentos.
"Além das linhas emergenciais e auxílios que foram criados, continuamos atuando nas outras frentes, financiando como nunca", afirma o presidente.
Desburocratização
Para facilitar o acesso ao crédito, o Banco da Amazônia também vem investindo cada vez mais em soluções digitais. Valdecir destaca que todos os pedidos de prorrogação de parcelas, por exemplo, foram realizados pelo site, trazendo mais segurança e agilidade para empresas, empreendedores e produtores rurais, que não precisaram se deslocar até uma agência.
Outra solução criada foi o aplicativo Sua Conta Basa, que permitiu que empresas que não tinham conta no banco pudessem iniciar o relacionamento com a instituição a partir da abertura de conta, e em seguida, ter acesso aos créditos. "O aplicativo ajudou, e seguirá ajudando muito, pessoas e empresas que têm limitações de deslocamento, por exemplo, que ficam em regiões de difícil acesso. Foi uma solução que auxiliou muito durante a pandemia e certamente é um dos ganhos que somará daqui pra frente", enfatiza o presidente, que informa que o microcrédito hoje é todo feito em cima de uma plataforma, o MPO Digital.
Seguindo a tendência de digitalização dos processos, o banco também lançou o Basa Digital, plataforma que tem como objetivo realizar todos os trâmites para acesso a capital de giro e investimento. O projeto já está em fase de teste com financiamentos para agricultura familiar, setor com maior dificuldade de acesso. É possível enviar propostas, documentação e demais processos. "Nossa meta para 2021 é que as empresas tenham acesso a capital de giro e investimento via plataforma digital", informa Valdecir Tose.
Banco disponibilizará mais de R$ 9 bilhões para 2021
Com todos os investimentos para fortalecer a economia em 2020, as perspectivas para o ano que se inicia são promissoras, conforme afirma o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose.
Segundo o executivo, estão previstos R$ 7,6 bilhões em recursos do FNO e mais R$ 2 bilhões de outras fontes de recursos próprios, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros fundos.
"Acreditamos que será um ano de recuperação econômica. Devemos atingir patamar de crescimento por volta de 3,5 a 4% do PIB, com muitos investimentos voltados para projetos sustentáveis e de agronegócio, onde o banco está centrando esforços", destaca Valdecir, que deixa uma mensagem para todos os empresários neste fim de ano.
"Temos que desejar muita força de vontade, acreditar no seu negócio, na recuperação do país. Acreditar que o pior já passou e que a gente precisa agora olhar para frente, pensar positivo. E, sem dúvida alguma, os empreendedores, do pequeno ao grande negócio, podem contar com o apoio do Banco da Amazônia nos seus empreendimentos para 2021 e para os próximos anos", afirma Valdecir Tose.
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