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Atendimentos de acidentes de trânsito crescem mais de 8% no Hospital Metropolitano

De janeiro a agosto de 2019, foram admitidos 2.670 pacientes por esta causa. Já em 2020, de janeiro a agosto, foram 2.889 registros

João Thiago Dias / Com informações do Hospital Metropolitano

Em um comparativo dos oito primeiros meses de 2020 com o mesmo período no ano passado, houve um aumento de aproximadamente 8,2% no número de pacientes vítimas de acidente de trânsito atendidos no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. De janeiro a agosto de 2019, foram admitidos 2.670 pacientes por esta causa. Já em 2020, de janeiro a agosto, foram 2.889 registros. Os dados mostram, ainda, que o acidente de trânsito é a principal causa de mortes de pessoas entre 15 e 29 anos.

Por conta da Semana Nacional de Trânsito, a reportagem solicitou esse números à assessoria do HMUE, que também apresentou o panorama detalhado do ano passado. Em 2019, foram registrados 4.367 pacientes vítimas de acidentes de trânsito atendidos no hospital. Desse total, 1.838 foram em decorrência de complicações no trânsito, causadas por colisões de automóveis; 1.562 pacientes que se acidentaram com motocicletas; e 727 pessoas atropeladas.

De acordo com o coordenador do setor médico de atendimento de urgência e emergência do HMUE, José Guataçara Gabriel, há muitos relatos de imprudência. "Deveria ter mais blitz parando motociclistas, por exemplo. Porque há muitos pacientes motociclistas com odor etílico. Não tem como provar porque não foi feito o bafômetro, mas o indício do cheiro é forte. E muitos relatos de que estavam sem equipamentos de proteção", relatou o médico.

Brasil

Informações Ministério da Saúde mostram que os acidentes no trânsito deixaram mais de 1,6 milhão de brasileiros feridos nos últimos dez anos e representaram um custo de cerca de R$ 2,9 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). Para reduzir os acidentes, o HMUE realiza, ao longo do ano, diversas ações em relação aos riscos da direção perigosa.

Uma delas é a “Direção Viva”, que busca sensibilizar os condutores que trafegavam na rodovia BR-316, apresentando panfletos e mostrando informações que levam à reflexão quanto aos riscos. Nos últimos anos, o projeto se estendeu para outros locais, como missas, caminhadas em memórias às vítimas de trânsito e exposição de memorial.

Um outro projeto de destaque é o “Quero Andar de Moto Até Morrer e Não Morrer Andando de Moto”, que tem foco na conscientização dos efeitos da imprudência no trânsito e a redução de custos, com otimização da assistência, conforme detalhou Guataçara Gabriel, idealizador da ação.

"Levamos palestras para associações de mototaxistas de Belém e dos interiores. Mais de 5 mil pessoas já assistiram. Dentre várias orientações, mostramos a importância do uso dos equipamentos de segurança e ensinamos o primeiro atendimento para retirada correta do capacete, evitando lesões", pontuou o médico.

O Liberal