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Após três meses de criação, serviço de doenças ortopédicas da infância realizou 50 cirurgias 

O programa do Governo do Pará tem atendimento ambulatorial e cirurgias em Belém, mas deve ser ampliado com outras especializações e nos interiores

João Thiago Dias / Com informações da Agência Pará
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Após três meses de criação, o programa “Doenças Ortopédicas da Infância”, lançado em 21 de setembro pelo Governo do Pará, chegou à marca de 50 cirurgias de pequeno e médio porte realizadas com sucesso. Foram vários anos sem especialistas para o atendimento ortopédico pediátrico no sistema público de saúde do estado. Agora, com o programa, o serviço deve ser ampliado com outras especializações e maior abrangência nos interiores.

Não há atendimento de casos de urgência e emergência, apenas casos de patologias e deformidades em caráter eletivo. A expectativa é que sejam realizadas, em média, inicialmente, 30 cirurgias por mês. O atendimento ambulatorial é realizado pelo Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (Ciir), na rodovia Arthur Bernardes, no bairro de Val de Cans, em Belém; e as cirurgias são no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, também na capital.

Kauê Vitor Ramos, de 9 anos, de São Miguel do Guamá, nordeste paraense, foi um dos beneficiados. Ele teve paralisia cerebral ao nascer e precisava de cirurgia nos tendões das pernas para melhorar a qualidade de vida. Após duas horas de cirurgia, em novembro, a mãe dele, Aurea Ramos, viu o filho voltar a sorrir. "Um sonho antigo e necessário, mas que só foi possível agora. Ainda estamos no pós operatório, enfrentamos algumas dificuldades que são normais, afinal ele é uma criança”, disse.

Período de consolidação

Um dos mentores do projeto, o cirurgião ortopédico Paulo Braga, explicou que ainda é um período de consolidação do serviço. "Fazendo com que ele funcione, dar a ele toda a atenção necessária. A ideia é ampliar o serviço, ter outras especializações, interiorizar, levar o atendimento às crianças do interior do estado. Auxiliar e capacitar os colegas de outras cidades, para que as crianças não precisem vir a Belém para se tratar. Esse é o nosso plano para o futuro”, destacou.

Cada doença ortopédica possui características próprias em relação ao tempo de tratamento e necessidade de diagnóstico precoce. O cirurgião ortopédico Renato Arraes Campos disse que era comum ver famílias inteiras indo para outros estados em busca de tratamento adequado.

"Quem tinha condições fazia isso, mas quem não tinha ficava com deformações para o resto da vida. Hoje, por exemplo, fazemos atendimento de crianças com 10, 11 anos, mas que precisam de intervenção desde os primeiros anos. Esses procedimentos demandam alto investimento e que só foi possível agora, nesta gestão”, pontuou.

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