Advogar requer a incorporação de tecnologias

Transformações digitais repercutem diretamente na gestão dos negócios na área da advocacia

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Os últimos dois anos foram de mudanças sensíveis para a vida de populações no mundo inteiro. A emergência sanitária provocada pela pandemia de covid-19 levou a um rápido desenvolvimento da ciência e dos serviços de saúde na busca por alternativas para conter a propagação de vírus, ao mesmo tempo em que a sociedade observou o surgimento de novos protocolos sociais, estratégias laborais e formas de prestação de serviços em fina sintonia com os recursos digitais e de comunicação disponíveis.

Neste contexto, a advocacia também se reinventou, incorporando mais ferramentas e habilidades para que a garantia dos direitos esteja cada vez mais próxima da vida dos cidadãos. A vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará (OAB-PA), Luciana Gluck Paul, considera que algumas transformações, intensificadas a partir de 2020, trouxeram contribuições importantes e, por isso, devem continuar fazendo parte da atividade profissional dos advogados, mesmo em um cenário pós-pandemia.

“As principais mudanças são a virtualização dos processos, das audiências, das sustentações orais, o balcão virtual, dentre outras. Isso tudo conferiu uma nova rotina para o exercício da advocacia que passou a poder trabalhar grande parte do seu dia do seu escritório ou até de casa”, analisa.

Por conta disso, a configuração dos escritórios também se alterou com os investimentos em softwares de nuvem, computadores com maior capacidade processamento, câmeras, microfones, internet de alta velocidade, entre outros recursos que permitem o acompanhamento dos processos eletrônicos e a manifestação dos profissionais seja por escrito ou por áudio e vídeo.

Para a vice-presidente da OAB-PA, essas transformações repercutem diretamente em todos os aspectos que envolvem a gestão dos negócios na área
da advocacia, desde a própria rotina do ambiente de trabalho até o contato com os clientes.

“Os espaços físicos dos escritórios passaram a ser reduzidos ante a possibilidade do home office que se intensificou durante a pandemia. O trabalho remoto
é uma realidade sem volta e por isso é necessária uma gestão dos escritórios de advocacia que organizem essa dinâmica. Os profissionais precisam intensificar a capacitação nos sistemas de processos judiciais, bem como na utilização das demais ferramentas tecnológicas imprescindíveis tanto para a realização de trabalho remoto como nas demandas dos clientes, que passaram a utilizar e a valorizar a comunicação rápida e a inovação tecnológica”, afirma Luciana.

Luciana Gluck Paul pondera, no entanto, que apesar da virtualização permitir que a advocacia seja exercida de qualquer lugar, incentivando, por exemplo, o segmento da correspondência jurídica; essas modificações abrem espaço para que profissionais de outros Estados prestem serviços fora do seu domicílio de origem, situação que é acompanhada atentamente pela OAB-PA em virtude dos impactos que pode trazer para a classe e o mercado local. 

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