Psicologia na linha de frente do auxílio à saúde mental

Profissionais prestam serviços de qualidade, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas pautados na ciência psicológica

Jureuda Duarte Guerra
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O Conselho Regional de Psicologia (CRP-10) fiscaliza e orienta o trabalho de psicólogos no Pará e no Amapá e, atualmente, reúne mais de 8 mil profissionais ativos. Ao mesmo tempo, acompanha o aumento considerável de cursos de graduação em Psicologia nos últimos anos, principalmente no Pará, que hoje soma 27 instituições de ensino.

Sabemos que a profissão nunca se fez tão necessária para tratar de questões referentes à saúde mental na região amazônica e no resto do país. Diversos estudos apontam o nível de adoecimento mental provocado como uma das sequelas da pandemia de covid-19, somado ao conjunto das diversas síndromes, fobias e transtornos que assolam a sociedade contemporânea tanto de maneira individual como coletivamente.

Visualizamos, então, um cenário em que os profissionais psicólogos continuarão na linha de frente no combate às emergências e tragédias sociais na região. Em nossa prática cotidiana dos trabalhos de orientação e fiscalização do CRP-10, acompanhamos a atuação dos psicólogos nos aparelhos da política de assistência social, como CRAS e CREAS, na Rede de Atenção Psicossocial, em especial nos CAPS, na atenção básica, nos serviços de média e alta complexidade da saúde, nas escolas, nos sistemas socioeducativo e penitenciário, nos fóruns e tribunais de justiça, buscando chegar aos locais mais remotos da Amazônia.

Acompanhamos e orientamos, ainda, a atuação profissional nos serviços especializados para crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento, naqueles voltados à atenção de mulheres, idosos, pessoas com deficiência, comunidade LGBTQIAP+, migrantes e refugiados, povos indígenas e comunidades rurais.

Conhecendo os desafios encontrados para a atuação nestes diversos segmentos, há a convicção de que a categoria é extremamente necessitada de amparo. Afinal, para cuidar da saúde mental da sociedade precisamos de profissionais capacitados pessoal, teórica e tecnicamente, conforme dispõe o Código de Ética da Psicologia.

Essa capacitação, porém, depende também das condições que são oferecidas para o exercício profissional, principalmente nas políticas públicas que são o principal campo de absorção da mão de obra da psicologia no Brasil e que garante que tenhamos ao menos um psicólogo em cada um dos 144 municípios do Pará, e também no Amapá.

O conhecimento desta realidade é fruto dos mais de 30 anos de atuação do CRP-10 em prol da sociedade paraense, que recorre aos serviços dos psicólogos registrados em nossa jurisdição.

A partir dessa trajetória, conquistamos também um importante aprendizado: os profissionais da psicologia, apesar das dificuldades e desafios encontrados, não negligenciam o seu dever profissional de prestar serviços de qualidade, utilizando princípios, conhecimentos e técnicas pautados na ciência psicológica e visando, essencialmente, promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades.

O que contribui para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Como constam no Código de Ética do Psicólogo:  

 I - O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

II. O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

A psicologia está a serviço da sociedade amazônida e nossa influência para com esta é importantíssima, pois contribuímos com o fazer Psi em várias frentes. A importância da psicologia em nosso território amazônico também leva em consideração a miséria, os conflitos agrários e os grandes projetos que apresentam contradições entre progresso e exploração, deixando rastros a serem assistidos pela psicologia, como a exploração sexual e a exploração de minérios que prejudica e polui as águas de nossos rios.

Assim, os desafios da psicologia para o século XXI na Amazônia são inúmeros e nossos enfrentamentos para superá-los são maiores ainda.    
 

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