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Nutricionistas no auxílio à saúde

Conselho Regional de Nutricionistas da 7ª Região fiscaliza e orienta o exercício das profissões de nutricionista e técnico em nutrição e dietética em seis Estados

Yonah Figueira
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O Conselho Regional de Nutricionistas da 7ª Região (CRN-7) tem a honra e o desafio de fiscalizar e orientar o exercício das profissões de nutricionista e técnico em nutrição e dietética em seis Estados da Amazônia (Pará, Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima). Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último Censo, quase 16 milhões de pessoas moram nesse território, que representa quase metade da área total do Brasil, mas apresenta um cuidado inversamente proporcional ao seu tamanho no que diz respeito à distribuição de recursos e infraestrutura. Adicione a isso a diversidade cultural e étnica do povo amazônida, com pessoas com origens indígenas, ribeirinhas, quilombolas, entre outras, e com condições socioeconômicas e hábitos alimentares distintos.

É possível ter ideia do tamanho da responsabilidade que cada um dos mais de dez mil nutricionistas que atuam nesses Estados tem ao exercer diariamente seu ofício, que é promover a saúde por meio da alimentação. Esses profissionais estão nas escolas públicas, nas creches, nas faculdades, nos postos de saúde, academias, UTIs, indústrias, penitenciárias, entre outros locais, lutando para mostrar o quão imprescindível é seu trabalho em um mundo cada vez mais dinâmico e sem tempo para se preocupar com a qualidade do comer - isto é, quando se tem o que comer.

Popularmente, o nutricionista é conhecido como o profissional que “passa dieta”, geralmente relacionada ao desejo de emagrecimento que existe em grande parte da população. O desafio é mostrar que nossas responsabilidades são muito maiores que essa, para que a sociedade e o poder público reconheçam o valor desses profissionais de saúde.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, um em cada quatro brasileiros maiores de 18 anos tem obesidade, o que corresponde a aproximadamente 41,2 milhões de pessoas, e mais da metade - 96 milhões - tem excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Essas condições se tornam um problema grave por serem fatores de risco para outras enfermidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer. Ainda que seja uma condição com origem multifatorial, o combate à obesidade exige a participação de um profissional de nutrição, pois a reeducação alimentar demanda o acolhimento de um profissional humano, competente e empático, características que não são substituíveis pela inteligência artificial.

Trabalho humanista e crítico é insubstituível

Se por um lado o excesso preocupa, a falta de alimentos e a desnutrição também são questões alarmantes. Em 2022, a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional revelou que a região Norte era a mais assolada pela fome, com 71,6% das pessoas enfrentando algum tipo de insegurança alimentar - tendo incertezas quanto ao acesso aos alimentos no futuro, além da queda na qualidade desta comida. Dentro deste grupo, a fome extrema - insegurança alimentar grave - faz parte do cotidiano de 25,7% das famílias, índice maior que a média nacional, de aproximadamente 15%.

Nesse cenário inquietante, não há outra profissão capaz de substituir o trabalho humanista e crítico do nutricionista, capacitado para atuar visando a segurança alimentar e a atenção dietética em todas as áreas do conhecimento em que alimentação e nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, manutenção e recuperação da saúde, além da prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais inteiros, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida, pautado sempre em princípios éticos, com reflexão sobre a realidade econômica, política, social e cultural dos indivíduos.

Nutrimos a esperança de uma Amazônia livre da fome e onde seus valiosos recursos sejam usados para atender as necessidades dos que aqui habitam, com uma produção alimentar consciente feita em nosso território, livre de agrotóxicos, com prevalência do consumo alimentar regional e natural em detrimento da alimentação industrializada. Seja qual for a realidade que o amanhã nos reserva, os paraenses podem ter certeza de que contarão sempre com o apoio de um nutricionista para a conquista de hábitos alimentares mais saudáveis e a consequente melhora da qualidade de vida.  

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