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Cezar Caldas: Os desafios, estratégias e fomento da Medicina na Amazônia

Região traz aos profissionais formados cenários para práticas médicas únicas

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As questões relacionadas à atuação no campo da saúde na região amazônica estão conectadas com a formação acadêmica e as estratégias de incentivo aos profissionais desta área. O vice-coordenador do curso de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cezar Caldas, trata sobre a temática discorrendo acerca das demandas por médicos, especificidades da Amazônia e a relação dos formandos com a atenção primária à saúde.

Como o curso de Medicina da UFPA tem se adaptado para atender à crescente demanda por profissionais de saúde?

A demanda por atendimento por parte da população, especialmente fora da capital, impulsionou uma expansão do curso de Medicina. Observamos isso na UFPA com a implantação da graduação, em 2016, na cidade de Altamira, no contexto da criação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. E, ainda, a proposta do Ministério da Educação que, em 2012, incentivava a expansão de vagas na área de formação médica no Brasil.

A região amazônica apresenta desafios únicos na área de saúde, como o acesso a áreas remotas. De que maneira o curso de Medicina da UFPA prepara os estudantes para lidar com essas realidades?

A Amazônia traz aos profissionais formados aqui cenários para práticas médicas únicas. Na UFPA, temos a vantagem de preparar médicos nas próprias cidades do interior, o que beneficia diretamente a população local, inclusive as tradicionais. Enquanto o curso de graduação em Belém, além das atividades nos bairros de Canudos, Terra Firme, Guamá, Cremação e Condor, também promove ações na ilha do Combu e na cidade de Santa Bárbara, numa aproximação com ambientes ribeirinhos e não-urbanos.

Quais estratégias o curso de Medicina da UFPA adota para incentivar os alunos a atuarem em regiões carentes de assistência médica?

As pesquisas indicam que quem melhor fixa os médicos em um dado local são as residências médicas e não a oferta dos cursos de graduação tão somente. Então, vemos, como pesquisadores, a importância de expandir também as vagas de residência fora da capital como estratégia fundamental para a fixação destes médicos nas regiões remotas. Além disso, nossa ação possível é o incentivo e a sensibilização com cada aluno, em sala de aula, consultórios e ambulatórios sobre a importância de aceitar esse desafio de trabalhar na região.

Como o curso de Medicina da UFPA enfatiza a importância da atenção primária à saúde em sua formação?

O curso de Medicina da UFPA é focado na atenção primária à saúde e ela está presente ao longo de todo o projeto pedagógico. A graduação é pensada para que cada aluno tenha contato com o sistema básico de atenção à saúde o mais cedo possível. Esse espaço de aprendizagem se estende e ocorre do 1º ao 8º semestre, em diferentes graus de complexidade, em diferentes unidades de saúde e realidades de atendimento. No internato, nos anos finais do curso, temos também momentos para a “Medicina e Comunidade” que são voltados especificamente para a atenção à saúde em ambientes urbanos e não-urbanos. Além disso, temos outras inserções. 
 

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