Tradução projeta informações sobre a Amazônia a 70 países

Profissionais que fazem o trabalho dizem que a tradução precisa conectar as linguagens locais às globais

Dilson Pimentel
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O projeto Liberal Amazon divulga a produção de conteúdo jornalístico aprofundado sobre a Amazônia em formato multimídia e bilíngue à comunidade internacional. A tecnologia permite distribuir esse conteúdo em português e inglês, especialmente nas redes sociais, a mais de 70 países e principais centros do Brasil e o material bilíngue pode subsidiar o estudo de idiomas entre estudantes e professores.

A tradução é feita pela professora doutora Silvia Benchimol e pelo professor doutor Ewerton Branco, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ela é coordenadora do ET-Multi de Tradução e ele, o vice-coordenador. “A tradução é essencialmente comunicativa e, para cumprir este papel, precisa levar em conta a mensagem e o contexto de recepção, quem irá recebê-la, idade, aspectos culturais, ideológicos, temporais”, diz Silvia Benchimol. A tradução exige domínio sólido dos idiomas, além de profissionais, pesquisa, sensibilidade e compromisso.

“Quando se traduz textos com densas marcas culturais, como no caso das reportagens do Liberal Amazon, marcas lexicais, expressões locais, formas de enunciar que denotam o lugar deste ou daquele autor entrevistado, constituem grandes desafios”, disse.

Ewerton Branco diz que, cada texto traduzido, é como um novo projeto sob encomenda, embora haja aspectos norteadores recorrentes. “No caso das reportagens do Liberal Amazon, vários elementos relevantes são considerados para que seja um trabalho exitoso, atendendo tanto o jornal, que solicita a tradução, quanto os leitores, que irão ler os textos”, afirmou. Segundo ele, o jornal tem uma linha editorial e um público de certo nicho. As reportagens desta seção abordam a região amazônica sob múltiplos aspectos. “Traduzir as reportagens sobre a Amazônia para o inglês significa traduzir para o mundo. Considera-se que os leitores externos à região não compartilham da mesma formação cultural local, o que requer que o texto traduzido, muitas vezes, precise trazer as informações de forma mais explícita”, afirmou. 

Sobre o tempo que leva para a tradução, Ewerton Branco diz que, em trabalhos de realização colaborativa,  como as reportagens do projeto Liberal Amazon, que envolvem vários profissionais, é muito importante cumprir a logística que foi combinada. “Cada etapa é feita com o máximo empenho a fim de entregar o melhor resultado possível aos leitores”, afirmou. Silvia Benchimol completou: “Nos preocupamos em revisar os textos mutuamente durante o trabalho para os alinhamentos terminológicos. Trocamos ideias sobre soluções tradutórias e sobre pesquisas paralelas do tema em questão”.

PARCERIA

A produção do Liberal Amazon é uma das iniciativas do Acordo de Cooperação Técnica entre o Grupo Liberal e a Universidade Federal do Pará (UFPA). As reportagens que envolvem pesquisas e estudiosos da instituição são revisadas por profissionais da academia. A tradução do conteúdo é também realizada pelo acordo, através do projeto de pesquisa ET-Multi: Estudos da Tradução: multifaces e multisemioses.

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