Futuros jornalistas: O Liberal inspira afetos e vocações profissionais

A leitura de O Liberal compartilhada com o pai ou o avô estão na lembrança de dois acadêmicos de jornalismo

Elisa Vaz / O Liberal
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Ao longo de 75 anos, O Liberal é uma fonte de referência para estudantes de jornalismo no Pará, que se inspiram no jornal como base para a futura atuação profissional. Vitória Araújo, 20 anos, cursa o terceiro semestre de jornalismo e diz que o afeto pela profissão vem da infância, quando o pai comprava O Liberal para que ela lesse as notícias e treinasse o hábito da leitura.

Embora quando mais nova não tivesse certeza de que queria mesmo ser jornalista, ela trancou um curso superior para fazer a nova graduação. “Percebi que meu lugar era nessa área, porque nela eu seria feliz e conseguiria alcançar meus objetivos de vida”, diz ela, que se confessa “apaixonada” nesse terceiro semestre, o que reforça a certeza da escolha. “No jornalismo consigo unir todas as coisas que eu gosto de fazer e tenho um leque infinito de possibilidades”, avalia Vitória.

Um dos sonhos dela é garantir informação às comunidades mais distantes, sem acesso à internet, celular, televisão ou jornais impressos. Vitória já tem uma pesquisa sobre a forma como as notícias chegam às comunidades e quer atingir o maior número de pessoas possível.

“O jornalismo é uma das áreas mais importantes para a sociedade, pois sem ele não tem como saber fatos além da bolha. Um bom jornalista luta pela liberdade de expressão e pela transparência de notícias”, diz ela.

Transformação

Estudante do 6º semestre de jornalismo, Thiago Vasconcellos, 21 anos, também concebe o jornalismo na perspectiva da transformação social. Durante o ensino médio, ajudar as pessoas e as comunidades foram decisivos na escolha da graduação e ele viu no jornalismo a possibilidade de transformar vidas por meio das palavras.

“O curso de jornalismo abriu meus olhos para muita coisa que antes eu sequer pensava quando lia notícias ou assistia a um jornal. A universidade te traz uma nova visão de mundo, e o curso trouxe um referencial teórico enorme que não somente me faz refletir sobre a produção de notícias, mas questionar o porquê de ser feito dessa forma. Eu acho que o curso atendeu a todas as minhas expectativas na teoria, me instigando a pensar de forma crítica”, avalia Thiago.

Na perspectiva prática, no entanto, ele assinala a estrutura precária, a falta de equipamentos, espaço e laboratórios modernos para experiências práticas da profissão e atribui essa deficiência aos constantes cortes de verba na educação superior.

Thiago decidiu que quer trabalhar como correspondente de telejornalismo, área pela qual é apaixonado, para conhecer novas culturas e idiomas por meio do trabalho.

Para ele, o jornalismo é uma peça fundamental de qualquer sociedade democrática e igualitária. “Pelo jornalismo, acompanhamos o mundo com uma certa proximidade e, quando feito com qualidade, ele traz a certeza da veracidade, uma das coisas mais necessárias nessa era de informações instantâneas e fake news”, comenta.

Uma das lembranças de infância de Thiago em relação ao jornalismo é ler O Liberal com o avô, que tinha assinatura e aos domingos lia notícias com o neto, que também brincava com o Liberalzinho. Hoje, essa memória que Thiago guarda com muito carinho contribui para que ele tenha a certeza dos caminhos que quer trilhar.

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