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Especial 75 anos: Advogado guarda acervo de três décadas do Rainha das Rainhas

Paixão pela preservação da memória e pelo carnaval inspira a coleção

Fabyo Cruz

O Rainha das Rainhas é considerado um dos mais belos e tradicionais concursos de beleza e fantasia das regiões Norte e Nordeste. Admirador de eventos históricos da cultura popular, entre eles o carnaval, o advogado Arthur Frazão, 39 anos, guarda um grande acervo com reportagens sobre o concurso, publicadas a partir dos anos 70, no jornal O Liberal. Ele coleciona notícias referentes aos eventos do Rainha das Rainhas  por influência da família dele, entusiasta das festas populares brasileiras, sobretudo o carnaval paraense. 

Realizado em fevereiro, o Rainha das Rainhas surgiu em 1947, na antiga Folha do Norte, cujo espólio foi comprado pelo empresário Romulo Maiorana. O evento mobiliza uma representante de cada clube participante da capital paraense. A média de participação é de 22 clubes por ano. Juliane Moraes, da Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Pará (Asalp), foi a Rainha das Rainhas do Carnaval em 2020 e mantém o título porque não houve concurso este ano por causa da pandemia do novo coronavírus.  

Filho de bibliotecária, Arthur sempre ouviu da mãe sobre a importância do acervo como registro da preservação da memória. O pai do advogado era diretor de um antigo clube da década de 80, chamado Círculo Militar, e ele vivenciou desde a infância a magia dos desfiles de fantasia e o gosto pelas coleções das reportagens de O Liberal. “O Rainha das Rainhas atravessa toda uma geração, existe uma grande divulgação midiática do jornal com suas belas fotos, então isso me atraia pelo fato de saber que tratava-se de um reflexo da sociedade através da nossa cultura máxima que é o carnaval”, diz o advogado. 

ALEGRIA

Ele guarda exemplares completos dos anos 70, 80 e 90. “Como as notícias saíam no dia seguinte, ir à banca de revista na avenida 16 de novembro, onde eu morava, era uma alegria; lembro de quando abria o jornal para ver as reportagens e imagens da candidata premiada. Hoje é praticamente tudo ao vivo, mas a graça na minha opinião é ter essa expectativa e o jornal escrito te dá essa possibilidade de saber algo através de um documento escrito”, diz ele, que tem mais de 100 exemplares, entre caderno especial do dia do concurso e outras reportagens do período do evento.

image Arthur Frazão (Márcio Nagano/O Liberal)

“Eu gosto muito do cheiro do jornal ou de um livro, assim como a capa de um CD, acho que as mídias físicas são muito importantes para contar uma história do jeito que elas aconteceram. Quando quero recordar, por exemplo, o concurso de 1962, ano em que a Patrícia Rizzi, falecida recentemente, foi vencedora, vou até meu acervo, acesso todas as histórias daquela época, esses arquivos nem sempre estão disponíveis nas mídias digitais”, afirmou o advogado. Arthur conta que ler as edições antigas de O Liberal foi fundamental para enriquecer o seu vocabulário, algo essencial à sua profissão.  

Para o advogado, o jornal O Liberal é mais importante que as outras mídias. “Se eu pesquisar pelo concurso de 2007, por exemplo, não vou encontrar links, e quando os encontro, eles não são válidos, dão algum erro.  Já o jornal escrito te conta de uma forma muito mais estável, pois a informação, você pode acessá-la sem depender de internet, eletricidade ou outro elemento externo, ou seja, ele te conta a história de uma forma muito melhor do que qualquer outra mídia. As informações do jornal impresso são bem mais confiáveis, quando comparado ao que é noticiado na internet, e O Liberal tem essa credibilidade”, garante o leitor.

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