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O Liberal completa 76 anos contando o cotidiano da história

Acervo de exemplares do impresso na Biblioteca Pública Arthur Vianna está disponível a gerações

O Liberal
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Em 15 de novembro de 1946 começava a ser contada uma nova história sobre a vida em sociedade no Pará e no mundo por meio das páginas de O LIBERAL, graças à iniciativa de colocá-lo nas ruas por parte do empreendedor e jornalista Romulo Maiorana, idealizador e fundador do Grupo Liberal. Hoje, terça-feira (15), o jornal completa 76 anos reforçando a missão de informar com credibilidade. Para celebrar, no próximo dia 26 de novembro, será publicada uma edição especial de O LIBERAL, com data dupla de sábado e domingo (26 e 27), com várias reportagens temáticas e especiais. Também há uma homenagem ao centenário de nascimento de Romulo Maiorana, no dia 20 de outubro.

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Grande parte dos fatos históricos desses 76 anos está disponível em exemplares na sede da Biblioteca Pública Arthur Vianna, no Centro Turístico Tancredo Neves (Centur), administrada pela Fundação Cultural do Pará (FCP), na avenida Gentil Bittencourt com Ruy Barbosa, no centro de Belém. Esses impressos históricos de O Liberal funcionam como fonte de pesquisa que dialogam com as redes sociais, televisão, rádio, podcast, livros, lives, vídeos e mensagens em aplicativos.

O legado de O Liberal à história do Pará é conferido diariamente por pessoas de todas as idades que comparecem ao terceiro andar do Centur, onde funciona o setor de Hemeroteca (jornais e revistas), reunindo o acervo do jornal. Como relata a bibliotecária e coordenadora de Processos Técnicos da “Arthur Vianna”, Simone Matos, o acervo disponível ao público é bem expressivo. “Nós possuímos toda a coleção, tanto em papel quanto microfilmado, e atualmente já no digital.  A pesquisa é muito grande em jornal, não só no espaço aqui como também na internet, pelo nosso portal; nós temos pesquisas do mundo inteiro voltadas para o acervo de jornais”, disse.

Simone conta que, em geral, quem procura pelos exemplares de O Liberal são escritores e pesquisadores. “O povo mais jovem vem atrás de curiosidades do jornal, mas a gente atende processos, teses, mestrados, muitos escritores que vêm atrás de fonte de pesquisa mesmo no jornal”. Com 30 anos como bibliotecária, Simone Matos destaca, sobre a importância de se ter um setor com jornais, de vez que “o jornal é a fonte viva da pesquisa em qualquer momento”.

"Então, o jornal é a melhor fonte que você tem, porque retrata a fase da história com exatidão, e como a gente possui uma coleção em que você pode pesquisar, por exemplo, sobre a Segunda Guerra Mundial, você vem aqui,  lê o fato, é essa a importância; tem conhecimento sobre como a Guerra aconteceu, o que era publicado, o que chegava até nós, e há inúmeros momentos históricos que são relacionados no jornal; então, essa é  a grande diferença do jornal, essa é a pegada, é tu chegares e pegar o jornal de uma época e tu te veres na frente daquele período”, acrescentou Simone.

O jornal se constitui em um papel feito para durar um dia, como pontua a bibliotecária, mas na Hemeroteca da Biblioteca Pública há jornais com cerca de 200 anos e estão preservados. Para isso, técnicos da FCP esmeram-se nos cuidados com os exemplares, o que abrange atenção à ambientação, a umidade, o acondicionamento do material - são feitas oficinas com foco no acondicionamento e higienização dos exemplares.

“O jornal O Liberal é uma referência para a gente, aqui, na Fundação, e em todo o Estado. A gente mantém o digital e o físico, nós mantemos a assinatura do físico, porque nós temos usuários que vêm aqui diariamente só para ler o jornal físico”, destaca Simone Matos. O atendimento ao usuário da Hemeroteca abrange serviços de pesquisa e de digitalização do acervo. As digitalizações são providenciadas e enviadas ao usuário por e-mail. Contato com o setor do acervo de jornais: 3202-4347.

Novas gerações

Bárbara Rodrigues, 23 anos, e Marcos Lima, 23 anos, são estudantes de Mestrado em História da Universidade Federal do Pará (UFPA). Eles também têm nos jornais uma fonte de pesquisa para os estudos. “O jornal tem que ser visto como uma forma de reconstruir o passado, é um relato histórico, é a partir dele que a gente vai poder analisar os fatos históricos; daí vem a importância de a gente conservar, de a gente ter bons acervos, condições de acesso a eles, para poder fazer, além da pesquisa histórica, reconstruir memórias, trajetórias individuais e coletivas, de grupos importantes e assim por diante”, observa Marcos.

Sobre a trajetória de O Liberal, Marcos destaca a contribuição do jornal à sociedade paraense. “O Liberal é um dos jornais que por mais tempo está em funcionamento em Belém, e isso é importante porque ele nasce em 1946, a partir de demandas políticas, em um lado da história política paraense, a partir de seus representantes, e é um jornal do dia a dia, a gente vê a concretude da história do dia a dia dentro de O Liberal, por tantas décadas que ele já está presente”.

Já a mestranda Bárbara Rodrigues ressalta que vale a pena pesquisar nesse tipo de mídia sobre fatos históricos para um trabalho de mestrado, para se saber sobre a história em geral, pelo fato de que “os jornais são uma das minhas fontes de pesquisa, e eu vejo muita relevância no jornal tanto pelo cotidiano quanto pelos diversos personagens que a gente pode ver nele”.

“Então, eu, que particularmente estudo o tema mulheres, consigo ver no jornal essas mulheres, o cotidiano delas, as formas políticas, as formas sociais, as formas culturais, de que forma elas se manifestaram, e o jornal acaba sendo uma fonte muito rica para esse processo de reconstrução histórica”, acrescenta Bárbara.

Se não houvesse jornais para consulta histórica, as pessoas teriam de lançar mão de outras fontes, como processos-crimes, algo mais formal jurídico, “e o jornal traz esse cotidiano, até mesmo alguma informalidade, prosas, escritos dessas mulheres. Na continuidade de O Liberal, a gente vê todo um processo, uma valorização desses jornais, desses impressos; a sua própria conservação aqui na Biblioteca é muito importante para ter acesso a esse passado”, conclui Bárbara.

História

Fundado em 1946, o jornal O LIBERAL levou sua primeira edição às ruas no dia 15 de novembro daquele ano. Inicialmente, O LIBERAL circulava às 16h, com apenas quatro páginas. Em suas primeiras duas décadas, o periódico era utilizado para respaldar a política do general Magalhães Barata. 

A história do jornal ganhou um novo rumo quando, em 1966, o visionário empresário Romulo Maiorana comprou o veículo de comunicação e o transformou em um dos maiores jornais do Brasil. Tornando-se menos partidário e buscando o caminho do bom jornalismo, a ousadia e competência de Romulo Maiorana transformou, em poucos anos, o periódico em um dos maiores do país.

Aos poucos, o empresário foi ampliando a equipe de profissionais que trabalhavam na redação e adquiriu novos equipamentos. Pensando sempre à frente, ele trouxe para Belém o sistema off-set, ou “a frio”, que produzia uma impressão de altíssimo nível, com impressionante nitidez de imagens e de textos. Priorizando a qualidade no conteúdo e no visual, Romulo Maiorana surpreendeu a capital paraense com um novo veículo.

No final da década de 1990, passou a imprimir suas páginas 100% coloridas. Nos anos 2000, foi reconhecido com os prêmios internacionais de excelência em impressão gráfica, como o Theobaldo de Nigris, em 2011, e Fernando Pini, nos anos de 2010 e 2016.

Anos depois, o grupo de comunicação, que iniciou com o jornal impresso, também expandiu para outros setores. Hoje, o Grupo Liberal possui também o jornal Amazônia; o Sistema Liberal de Rádios; a TV Liberal, uma das maiores afiliadas da Rede Globo; o portal de notícias OLiberal.com, além dos jornais regionais de Castanhal, Marabá, Santarém, Ananindeua, Barcarena e Parauapebas, que estreia neste domingo (20).

Romulo Maiorana faleceu aos 63 anos, mas deixou como legado um império de comunicação que virou destaque nacional como um dos maiores e mais importantes jornais do Norte e Nordeste do país. A história, o legado de Romulo Maiorana e as novidades planejadas a partir da edição de 76 anos serão publicadas na edição dupla especial de aniversário.

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