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Bosque Rodrigues Alves é patrimônio nacional e riqueza local

Espaço verde de 15 hectares leva o nome do quinto presidente republicano do Brasil e guarda espécies animais e vegetais amazônicos

Alinne Morais / Especial O Liberal
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Situado no bairro do Marco, o Bosque Rodrigues Alves Jardim Zoobotânico da Amazônia é um dos principais cartões-postais de Belém. Inaugurado em 25 de agosto de 1883, durante o governo de Antônio Lemos, o local é um fragmento de floresta viva no meio urbano. Em uma área de 15 hectares, o espaço, que leva o nome do quinto presidente republicano do Brasil, protege e preserva fauna e flora típica da região.

O Bosque abriga mais de 10 mil árvores, distribuídas em mais de 300 espécies. Destas, 94% delas são nativas da região - como maçaranduba e angelim - e outras 6% foram introduzidas. Além da flora, o local conta ainda com cerca de 435 animais que vivem em cativeiro, liberdade ou semiliberdade. Entre as espécies estão o peixe-boi amazônico, jacaré, tartarugas, jabutis, araras, macacos e muito mais.

O espaço conta ainda com monumentos, grutas, fontes, cascatas, ruínas, chalés, viveiros de animais, lanchonete e brinquedoteca. “O Bosque é uma referência não só nacional, mas também mundial de conservação e preservação em fragmento de floresta nativa da Amazônia dentro do meio urbano”, ressalta Paulo Porto, engenheiro agrônomo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e ex-diretor do Bosque.

Além da visitação, o Jardim Zoobotânico tem ainda o compromisso com a pesquisa - feita nas mais diversas áreas do conhecimento, a conservação e a educação ambiental. O espaço é um departamento da Semma, administrado pela Prefeitura de Belém e recebe, em média, de 15 a 20 mil visitantes por mês.

Carlos Souza, 34 anos, é um deles. O arquiteto visitou o lugar pela primeira vez ainda na infância e desde lá, não parou mais. “Já são mais de duas décadas indo ao Bosque e ainda fico admirado com tudo o que o espaço oferece”, diz ele. “Hoje divido o passeio com meus filhos, sobrinhos e família. E sempre é muito bom poder respirar um ar puro, caminhar em um clima agradável e ver de perto a natureza”, destaca.

Início

A área verde reservada à implantação do Bosque, criada por meio da Lei nº 624, de 22 de setembro de 1870, foi destinada pela Câmara Municipal. A vegetação presente no local é constituída da floresta original da época em que o bairro do Marco foi ocupado, em uma área preservada desde o início do século 20.

O primeiro nome do local foi “Bosque Marco da Légua”. Apenas em 17 de dezembro de 1906, 23 anos após sua inauguração, por meio de uma resolução do Conselho Municipal, passou a se chamar “Bosque Rodrigues Alves”. O nome é uma homenagem a Francisco de Paula Rodrigues Alves, então presidente da República do Brasil à época.

Em mais de um século de existência, o local ajuda a melhorar o clima e já é parte do cenário de Belém. “O Bosque é um patrimônio inestimável da cidade”, diz Paulo Porto. “É importante que as pessoas que visitem tenham um carinho por ele, não alimentem os animais, joguem o lixo no local certo, respeitem fauna e flora, para que a gente possa ter um espaço para o resto de nossas vidas e das futuras gerações”, ressalta.

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