Belém ganha ecobarreira para conter lixo no canal da Tamandaré: entenda como funciona

Estrutura foi implantada no canal da Tamandaré para reter lixo e evitar que resíduos cheguem a grandes cursos d’água

Laura Serejo*
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Belém ganhou a sua primeira ecobarreira na última sexta-feira (25), instalada no canal da Tamandaré, no bairro da Cidade Velha. A estrutura, composta por ferro e tonéis plásticos, tem o objetivo de reter o lixo flutuante nos canais e facilitar a coleta pelos agentes de limpeza, antes que os resíduos cheguem a rios maiores. A instalação faz parte de uma iniciativa da Prefeitura de Belém em parceria com o Governo do Estado e a empresa Natura, que financiou o projeto.

Minutos após a instalação, a barreira já havia retido uma quantidade de lixo suficiente para encher uma caçamba, evidenciando o alto volume de resíduos que circulam pelos canais da cidade.

O modelo das ecobarreiras foi criado há nove anos no Paraná e já foi implantado em diversas cidades brasileiras. 

Como funcionam as ecobarreiras?

As ecobarreiras são estruturas simples e de baixo custo. Elas usam uma base de ferro com tonéis que flutuam na água e formam uma barreira curva. Esse formato ajuda a conter o lixo que vem sendo levado pela correnteza, facilitando o recolhimento e impedindo que os resíduos sigam em direção aos rios.

A ideia surgiu do paranaense Diego Saldanha, que criou o sistema ao se incomodar com a poluição de um rio próximo de sua casa. Segundo ele, o modelo implantado em Belém representa o maior desafio enfrentado pelo projeto. “Já implantamos esse projeto em várias cidades do Paraná e do Rio Grande do Sul, mas, com certeza, em Belém é o maior desafio. Essa parceria com a Natura e a Prefeitura de Belém vai ajudar muito a melhorar a qualidade da água dos córregos ", conclui.

Lixo nos canais aumenta custos e causa alagamentos

De acordo com a Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), a Prefeitura investe cerca de R$ 3 milhões por mês na limpeza dos canais e córregos da cidade. Parte desse custo é resultado direto do descarte irregular de lixo por parte da população, o que também contribui para alagamentos.

“O descarte irregular de lixo prejudica toda a cidade. Diminuir o volume de resíduos nos canais permite redirecionar recursos da limpeza para outras melhorias”, afirma Cleiton Chaves, titular da pasta.

Educação ambiental e logística reversa

A instalação das ecobarreiras foi viabilizada por meio do programa Natura Elos, que apoia iniciativas de sustentabilidade e ações de logística reversa no país. A empresa destaca que o projeto contribui com sua estratégia de regeneração ambiental, já que impede que resíduos urbanos alcancem grandes cursos d’água.

Além da implantação física, a proposta inclui ações educativas voltadas para a conscientização ambiental da população, reforçando a necessidade de colaboração no descarte correto de resíduos.

*Laura Serejo (estagiária de jornalismo, sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidades)

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