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Amazônia Florescer tem forte correlação com a missão do Basa

Em 13 anos, o programa de microcrédito já atendeu 295 mil empreendedores no Pará. Destes, 19.362 estão ativos

Conteúdo especial

Nos últimos 13 anos, o Banco da Amazônia (Basa) tem contribuído para a melhoria de vida de empreendedores formais e informais, seja na área urbana ou rural, que vivem da Amazônia Legal, por meio do programa de microcrédito orientado Amazônia Florescer. Segundo dados da Amazoncred, organização responsável pela promoção e divulgação do programa, especialmente em áreas de baixa renda, cerca de 330 mil empreendedores já foram atendidos pelo Amazônia Florescer com recursos de mais de 600 milhões aplicados pelo Basa. Destes, 295 mil clientes estão no estado do Pará, onde existem hoje 19.362 empreendedores ativos.

Edmar Bernaldino, superintendente regional do Basa para os estados do Pará e Amapá, destaca que o Amazônia Florescer objetiva proporcionar aos empreendedores, situados na Amazônia Legal (que, além do Pará, inclui os estados do Amazonas, Roraima, Rondônia, Amapá, Acre, Tocantins, Mato Grosso e parte significativa do Maranhão) o acesso aos serviços financeiros e microfinanceiros com metodologia diferenciada no atendimento desses grupos.

Bernaldino frisa inclusive que o programa visa proporcionar o fortalecimento das unidades produtivas com a geração de emprego e renda aos empreendedores. Além do processo de bancarização, inclusão social e a circulação do recurso na economia local, que fica mais fortalecida.

“Vamos imaginar o empreendedor informal, que tem seu pequeno negócio e, muitas vezes, acaba não conseguindo acesso ao crédito. E, a partir do momento em que ele consegue se reunir a um grupo mínimo de três até dez pessoas, que é o grupo solidário, o empreendedor se organiza e vai buscar o acesso ao crédito com intuito de auxiliar e fortalecer aquele pequeno negócio e atividade”, afirma o superintendente da instituição bancária.

A interdependência entre o Basa e o Amazônia Florescer

O programa Amazônia Florescer apresenta também forte correlação com a missão do banco, que é desenvolver a Amazônia sustentável com crédito e soluções eficazes e esses pequenos empreendedores e negócios, a partir do Amazônia Florescer, onde muitos deles têm a possibilidade de crescerem.

Alguns exemplos disso são empreendedores que começaram com primeiro crédito e hoje estão com uma melhor estrutura e condição de vida para eles e toda a família, como é o caso do agricultor e empreendedor João Menezes, 48 anos. Ele mais cinco pessoas, das quais duas crianças, moram na vila de Itaboca, localidade que fica cerca de 16 quilômetros da sede do município de Inhangapi, nordeste do Pará.

“Já estou com o terceiro crédito e muita coisa mudou, porque antes eu trabalhava com recurso próprio e era bem pouco. Com o programa ficou mais fácil adquirir as mercadorias para venda e todo mês a gente consegue comprar os livros. Por enquanto, suspendi os negócios com o açaí por conta da pandemia. E já pretendo terminar de pagar para pedir outro crédito. Então, melhorou o lucro e, com isso, ajudou no bem-estar e na alimentação minha e da minha família”, afirma.

O Amazônia Florescer contribui também para o sucesso de mais um empreendedor na Amazônia: o comerciante no ramo alimentício, cosmético e material de limpeza Paulo de Souza, 59 anos, que está no programa desde o início deste ano.

"Eu investi o dinheiro todo em mercadorias para poder girar o dinheiro e está girando diariamente, semanal e quinzenal, depende do produto" - Paulo de Souza, empreendedor.

“Aderi ao programa porque achei uma boa opção por ser uma linha de crédito mais rápida, com menos juros e o capital de giro melhor para movimentar. Desde que entrei, só melhoraram meus negócios, como as vendas e os investimentos. O que mais melhorou foi meu lucro e isso sinaliza que a venda está boa. E aplicamos parte dele na alimentação da nossa família e na construção e ampliação do meu comércio. Graças a Deus”, agradece o empreendedor. Ele vive no centro de Inhangapi com mais cinco pessoas na mesma moradia e parte delas ajudam nos negócios.  

Ampliação de oito para 12 unidades ainda em 2020

O superintendente regional do Basa para os estados do Pará e Amapá enfatiza que a relevância do programa é tamanha para o Basa, que inclusive ampliará a quantidade de Unidades de Microcréditos no Pará, passando de oito para 12, até o final deste ano.

Na semana passada, ocorreu a inauguração da Unidade de Microcrédito de Breves e foi considerada pela Superintendência como um marco importante para o Basa, uma vez que é a primeira unidade de Microcrédito no arquipélago do Marajó, onde Breves serve como um dos polos. A região do Marajó fica ao norte do Pará, distante cerca de 90 quilômetros da capital do Estado, Belém, e conta com cerca de 600 mil habitantes em 16 municípios.

Aliás um deles, Melgaço, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2016, tinha 26,6 mil habitantes, desses, 24 mil não eram alfabetizados, em 2012. Melgaço era detentor também do menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do País, segundo estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) intitulado “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”.

“Essa inauguração é um marco importante para o banco, porque é nossa primeira Unidade de Microcrédito no Marajó. É um município em que o acesso principal é fluvial e tem economia diversificada e aquecida, com muitas pessoas comprando e buscando comercializar seus produtos, na orla da cidade. Então, é uma forma do Basa, como missão de desenvolver a Amazônia, estar presente em uma região carente de recursos”, ressalta Edmar Bernaldino.

Com a implantação em Breves, o banco passa também a estar mais presente e próximo dos clientes e empreendedores, além de auxiliá-los naquilo que é possível dentro dos processos de inclusão social e bancarização.

“E também movimentar a economia local, a partir do crédito conseguido pelo programa. Breves tem relevância para ajudar nas melhorias dos índices socioeconômicos no Marajó” - Edmar Bernaldino (Superintendente regional do Basa).

Ainda neste mês de outubro, Bernaldino informa que o Basa vai inaugurar as Unidades de Microcrédito em diferentes regiões do Pará, como em Bragança e Capanema, nordeste, e Tucuruí, sudeste paraense. E, ainda em 2020, com previsão para dezembro, em Itaituba, sudoeste do Estado.

“Todas com potencial de capacidade dos empreendedores locais. São municípios que têm estrutura econômica pujante, com estrutura de economia de base muito forte, comércio aquecido, empreendedores formais e informais que sentem dificuldade de chegar ao crédito pelo caminho normal, mas pelo grupo solidário no Amazônia Florescer o caminho é mais rápido e simples de ser atendido com crédito. Então, tudo isso é feito, mas olhando o perfil socioeconômico da região e criando carteira de negócios”, afirma.

Programa conta com baixa inadimplência

Nesses 13 anos, desde 2007, o programa é considerado um sucesso pelo Basa e pela Amazoncred. E tem dado retorno inclusive com baixa inadimplência – de apenas 3% - não só no Pará, mas em outros estados da região Norte, tanto que o banco está expandindo a sua carteira.

Graça Moura, diretora da Associação de Apoio à Economia Popular da Amazônia - que tem o nome fantasia “Amazoncred” e classificada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) pelo Ministério da Justiça e especializada em Microcrédito Produtivo e orientada pelo Ministério do Trabalho -, destaca a importante parceria com o Basa, desde o início do Amazônia Florescer.

“A parceria é muito importante, porque a Amazoncred tem como missão a inclusão social, dando oportunidade de geração de emprego e renda à classe menos favorecida na nossa sociedade, que são aqueles microempreendedores que trabalham na informalidade e não têm condições de acessar o crédito diretamente em uma agência bancária. Primeiro, porque são informais e, assim, não têm garantias para oferecer. No programa eles conseguem, porque é feito por meio de grupos solidários, o que dá garantia ao grupo e adimplência junto ao banco”, afirma a gestora da Amazoncred.

Como ter acesso ao Amazônia Florescer?

São beneficiárias do Amazônia Florescer pessoas físicas das áreas urbana e rural, empreendedoras de atividades produtivas com a renda ou a receita bruta anual até R$ 360 mil por ano. Por meio do programa, os empreendedores têm acesso aos serviços microfinanceiros, com metodologia diferenciada, para desenvolver negócios nas áreas do comércio (mercearias, armarinhos, refeições e etc.), serviços (salões de beleza, consertos de sapatos, oficinas e etc.), além de atividades produtivas (confecções, padarias, artesanatos e etc.).

Para ter acesso aos recursos é preciso ter mais de 18 anos, apresentar documentos pessoais como RG, CPF e comprovante de residência. Além de ter um negócio próprio estabelecido há pelo menos um ano localizado na área de atuação do Programa e integrar um grupo solidário com, no mínimo, três e, máximo, de dez integrantes.

O grupo solidário deve ser composto por pessoas que se conhecem e morem próximas umas das outras, as quais prestarão aval solidário entre si.

No âmbito do Banco da Amazônia, a mediação de todo trabalho para a concessão do crédito é feita pela Amazoncred. Esta encaminha as propostas de crédito dos clientes para o Banco da Amazônia. À instituição financeira, o Basa, cabe a responsabilidade de deferir e indeferir a liberação de crédito aos clientes público alvo do programa.

Para facilitar o acesso ao crédito, o Banco da Amazônia oferta o MPO Digital Amazônia Florescer, uma plataforma composta de quatro aplicativos, feita especialmente para o cliente.

Mais informações, acesse o site do Basa.

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