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Mundo dos insetos: projeto estimula participação de estudantes no universo da ciência e pesquisa

Alunas de projeto no Marajó adquirem conhecimento sobre a diversidade, ecologia e a importância dos insetos para a sustentabilidade ambiental e a conservação

Ize Sena/Especial para O Liberal
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O universo dos pequenos animais invertebrados presentes em quase todo o planeta, caracterizados, em geral, por antenas e asas, serviu de inspiração para a professora da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Jéssica Herzog Viana, que coordenou o projeto “O Mundo é dos Insetos” e incentivou jovens estudantes a se interessar pela entomologia - a ciência que estuda os insetos.

A atividade envolveu quatro alunas do segundo ano e uma professora do Ensino Médio. Mas a equipe executora foi formada também por duas alunas do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Uepa, além de uma professora e uma aluna, atuando como monitora, ambas do curso de Tecnologia de Alimentos.

“As meninas aprenderam a observar os insetos com mais detalhes e a redescobrir a curiosidade pelo mundo natural ao seu redor. Elas também adquiriram conhecimento sobre a diversidade, ecologia e a importância dos insetos para a sustentabilidade ambiental e a conservação. Além disso, aprenderam sobre a relevância dos insetos para os humanos e para o ecossistema, além de resgatar conhecimentos tradicionais da região”, detalha a professora.

O estudo sobre os insetos ultrapassou os muros da Uepa e integrou outras instituições. O esforço em conjunto resultou ainda na valorização da cultura marajoara. “Também contamos com colaborações de profissionais e monitores de outras instituições, como da UFPA-Soure (Universidade Federal do Pará) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Esta abordagem interdisciplinar foi essencial, especialmente para contextualizar a importância dos insetos na Ilha do Marajó e deixar em evidência o papel dos insetos, como o bicho do tucumã, na cultura regional”, conta a professora.

Durante a execução do projeto no município de Salvaterra, na Ilha do Marajó, as saídas à campo foram fundamentais para realizar coletas e observações diretas de insetos. Todo material coletado foi depois minuciosamente examinado em aulas de laboratório.

“Isso permitiu observar com detalhes a morfologia dos insetos e relacionar com os seus papéis ecológicos. Elas colocaram em prática técnicas de coleta e montagem dos insetos para preservar o material entomológico coletado e aprenderam sobre a importância de coleções entomológicas para diversos estudos científicos”, explica a professora Jéssica.

Projeto em Salvaterra fomenta a participação de meninas na ciência

image Para preservar o material entomológico coletado, jovens cientistas colocaram em prática técnicas de coleta e montagem dos insetos (Divulgação)

Além de descobrir a vida dos insetos, o projeto serviu como estímulo para meninas se inserirem no universo da ciência e da pesquisa acadêmica. “Essas atividades são fundamentais para encorajar e reforçar a participação das mulheres nas ciências. Ao proporcionar experiências práticas e contato direto com a pesquisa científica, o projeto não apenas incentiva as jovens a se envolverem mais com a ciência, mas também promove um ciclo de inspiração”.

Uma delas foi a Luíza Franciele Carneiro da Silva, de 17 anos, e atualmente aluna do 3° ano do Ensino Médio. “Desenvolvi várias atividades em campo, como coleta de material entomológico e pesquisa sobre o material arrecadado. Além de aprender a montar, e manusear algumas armadilhas para capturar insetos para pesquisa sem agredir o meio ambiente”, detalha a jovem.

Luíza destaca que o projeto a motivou a enxergar a área como uma possibilidade de trabalho. “A experiência foi extremamente incrível! Além de ser um novo conhecimento adquirido, o projeto me proporcionou, para no futuro, uma possível oportunidade de emprego na área”, conta a futura cientista.

Para fazer parte

O projeto “O Mundo é dos Insetos” foi renovado e será oferecido no próximo ano. As inscrições ainda serão abertas por edital do site do Futuras cientistas. E o curso dessa imersão será novamente em Janeiro de 2026, em Salvaterra. As inscrições para participar são abertas para alunas do 2° ano e professoras do ensino médio da rede pública.

 

 

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