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Márcia Kambeba e Manoel Cordeiro discutem a Amazônia que se inspiram para criar arte

Os dois foram os convidados da segunda edição da live Amazônia Viva, do Grupo Liberal, nesta quinta-feira (28)

O Liberal
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A influência da Amazônia nas obras do instrumentista e compositor Manoel Cordeiro e da multi-artista indígena Márcia Kambeba foram o foco da discussão da segunda edição da live Amazônia Viva, do Grupo Liberal, na noite desta quinta-feira (28). Marcia Kambeba e Manoel Cordeiro são artistas que imprimiram nas suas artes a identidade da Amazônia.

Natural da aldeia Ticuna, no município Belém de Solimões (AM), escritora, fotógrafa, atriz e cantora Marcia Kambeba sentiu algumas vezes espanto e estranhamento do público quando conhecem sua história. "Causa estranhamento e em alguns momentos um espanto. Frases como 'ah, mas você é uma índia culta', porque sabem que tenho uma caminhada universitária. Por exemplo, eu tenho mestrado em geografia, graduação e especialização em educação ambiental. E agora estou no doutorado em estudos linguísticos na UFPA. Isso causa certo estranhamento, principalmente quando está em palestras fora do Brasil", informou. 

Manoel Cordeiro destacou o quanto é importante reforçar uma cadeia produtiva cultural amazônica. "As artes e a música gera uma cadeia produtiva e isso serve como ferramenta de desenvolvimento da Amazônia, para nós não termos que sair para poder sobreviver de nossa arte na Amazônia", listou Manoel Cordeiro.

A multi-artista Márcia Kambeba destacou a importância de vivenciar a Amazônia para o desenvolvimento da Amazônia. "A Amazônia está em nós. Mas para que nós possamos falar em Amazônia é preciso sentir a Amazônia. É preciso vivenciar essa Amazônia. É preciso entender que o nosso ser é amazônico. E que nós por sermos amazônicos temos em nossas veias o sangue dos povos originários, o sangue dos povos indígeinas. E por isso, que todo o meu trabalho e toda a minha música que produzo, toda a fotografia que faço, as palestras, os contos, todos perpassam por essa veia de falar dessa Amazônia", destacou. 

O guitarrista Manoel Cordeiro, fundador do grupo Warilou, falou que a região amazônica interfere diretamente na sua arte. "Quando eu falo de Belém, quando eu falo de Macapá, de Boa Vista, de Manaus, eu estou falando de Amazônia. Amazônia é a maior marca do planeta. A vida vai ficando cada vez mais difícil quanto mais perto do topo, da velhice, e da vitória também. Aí você se reflete 'o que te vem á cabeça?'. A gente sai do Pará, sai da Amazônia, mas a Amazônia não sai da gente. Vem o orgulho danado de dizer 'sou da Amazônia, sou brasileiro'", assegurou.

PROJETO - O projeto Amazônia Viva, que conta com o patrocínio da Vale, busca valorizar a Amazônia a partir da perspectiva artística produzida na região. Desde 2020, a live convida artistas do Pará e de outros estados que tenham a Amazônia como inspiração. No dia 14 de novembro o projeto terá edição impressa que vai abordar a Amazônia em diferentes aspectos: econômico, natural, social e cultural, como forma de fazer reflexão de forma mais completa.

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