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Ação do banco de leite humano da Santa Casa foi destaque na 1ª edição do Amazônia; vídeo

Em 10 de abril do ano 2000, o Banco de Leite Humano (BLH) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM) foi destaque no jornal Amazônia

Camila Guimarães

Em 10 de abril do ano 2000, o Banco de Leite Humano (BLH) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCM) foi destaque no jornal Amazônia por superar a meta de arrecadação de leite materno. Mais de duas décadas depois, prestes a completar 35 anos de existência, o BLH continua sendo referência de incentivo, coleta, processamento, controle de qualidade e distribuição do excedente de leite humano das doadoras. Porém, a taxa de arrecadação sofreu queda nos últimos anos, principalmente por causa da pandemia.

O ex-presidente da Santa Casa, o médico clínico Hélio Franco, lembra que, à época da super arrecadação, parcerias e projetos de expansão foram os principais responsáveis pelo resultado positivo: “tínhamos um projeto de ampliação e reforma da neonatologia da Santa Casa e, ao mesmo tempo, de qualificação do Banco de Leite, reformando a área física e fazendo campanha para doação de vidros e procura de doadoras. Foi feito todo um processo de mídia também”.

image Ex-presidente da Santa Casa, Hélio Franco (Foto: Ivan Duarte / O Liberal)

Assim como Hélio Franco, a atual coordenadora do BLH, a nutricionista Cynara Souza, explica que, de lá para cá, também houve um aumento na demanda de leite, cujo suprimento foi dificultado pela pandemia de covid-19. “Nós vivemos um cenário com maiores dificuldades, que afetaram a questão da arrecadação. Teve a própria pandemia, os lockdowns, as pessoas ficaram mais em casa… Mas ainda assim não deixamos de arrecadar”, garante a médica.

Segundo dados da Santa Casa, em 2021, a coleta conseguiu somar 2.750 litros de leite humano, suprindo a necessidade de 2.118 recém-nascidos internados no hospital. Ainda no primeiro trimestre de 2022, foi notificado o aumento de 19% no número de doadoras, em comparação com o mesmo período do ano passado, contando, hoje, com 458 doadoras ativas. Entretanto, a arrecadação ainda tem uma meta a bater.

“Nós estamos persistindo na meta de superar o mês anterior em 50%. Até agora, no mês de abril, coletamos 200 litros de leite e, para maio, esperamos arrecadar 50% a mais. Naquele momento, no ano 2000, nós coletávamos mais de 400 litros de leite, então nós queremos atingir essa meta e chegar lá nos 400 e, quem sabe, voltar a ajudar outras instituições que atendem recém nascidos de risco, como fazíamos naquela época”, explica Cynara Souza.

Critérios para se tornar doadora de leite humano

De acordo com Cynara Souza, para ser doadora de leite materno basta que a mulher esteja amamentando e seja saudável. Apenas em caso de doenças infecciosas, como as causadas pelos vírus HIV ou HPV, a amamentação e a doação de leite fica inviabilizada.

Cyrana orienta, ainda, alguns cuidados na hora de fazer a coleta: “Para retirar o leite a mulher deve usar máscara, lavar as mãos até a altura dos cotovelos e desprezar os primeiros jatos, porque eles são mais periféricos e ficam mais passíveis de contaminar. Quando chegar ao Banco de Leite, será feito um controle de qualidade e, posteriormente, encaminhado para o bebê de acordo com a necessidade dele”.

image Banco de Leite Humano (BLH) da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (Foto: Sidney Oliveira - O Liberal)

Não existe uma quantidade mínima de leite para arrecadação. Cada mulher pode doar o seu excedente de acordo com a produção e pelo tempo que julgar possível. Cynara explica que cada leite é único, por isso, é identificado e administrado a bebês com características semelhantes ao filho da mãe doadora: “Porque o leite é como uma medicação. Ele é encaminhado para o bebê de acordo com a sua realidade clínica, sua idade gestacional e tempo de vida. Então cada pote tem uma indicação. Se ele for coletado de uma mãe com um bebê recém nascido, ele vai ser encaminhado para um bebê recém nascido ou com características semelhantes e assim vai. Todos com altíssimo valor nutricional”.

Caminhos para doação do leite materno

De acordo com a coordenação do Banco de Leite Humano, a mulher interessada em colaborar pode realizar um cadastro diretamente por meio do site da Santa Casa, preenchendo o formulário com suas informações pessoais. Além disso, também é possível entrar em contato por telefone, por meio dos números: 4009-0375; 2212; 0374; 2311; 2318.

Outra forma de se tornar doadora é pelo Projeto Bombeiros da Vida (PBV), uma parceria da Santa Casa com o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) e a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. A ação envia uma equipe técnica até a residência da doadora para arrecadar o leite coletado e também fazer a entrega de frascos de coleta, auxiliando sobre como fazer o processo e preservar a qualidade do leite humano.

Segundo o CBMPA, atualmente, 60% do volume de leite arrecadado pela FSCM é proveniente da coleta domiciliar, que são programadas semanalmente, e atende em toda a Região Metropolitana de Belém (RMB). Para se cadastrar, a interessada pode entrar em contato pelo WhatsApp: (91) 98899-6326 ou pelo site do CBMPA, www.cbmpa.gov.br.

 

Serviço:
Cadastro para doação de leite na Santa Casa

Site: www.santacasa.pa.gov.br/cadastro-banco-de-leite/

Telefones: 4009-0375 / 2212 / 0374 / 2311 / 2318

Cadastro para doação de leite Bombeiros da Vida

Site: www.cbmpa.gov.br

WhatsApp: (91) 98899-6326

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