Açaí do tipo grosso está quase 7% mais caro em Belém

Entressafra deixa preço mais alto, porém belenenses não abrem mão do produto

Elisa Vaz/Redação Integrada
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A entressafra do açaí vai pesar mais no bolso de quem não abre mão da bebida. De acordo com um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o litro do açaí do tipo grosso ficou 6,65% mais caro no acumulado de 2018 (entre janeiro e dezembro) na Região Metropolitana de Belém. Por conta da época de entressafra, ou seja, o intervalo entre uma safra e outra, neste mês a tendência é de que o produto tenha novas altas.

A pesquisa mostrou que a trajetória de preços do açaí em 2018 não foi uniforme. No final do ano passado, o tipo grosso custava R$ 20,83 em Belém, e agora custa R$ 22,22 - uma alta de 6,65% nos últimos doze meses. Mesmo assim, o produto pode ser encontrado até por R$ 18 nas feiras livres da capital.

Já o tipo médio - mais consumido pelos paraenses, segundo o Dieese - fechou o ano de 2017 custando, em média, R$ 14,77, mas em dezembro do ano passado estava sendo comercializado a R$ 14,80, o que representa um crescimento de 0,23% no valor. Nas feiras livres, o litro do açaí médio foi encontrado com variações entre R$ 10 e R$ 14 no mês passado. Já nos supermercados, os preços variaram entre R$ 14 e R$ 18.

Feirante há pelo menos duas décadas, Luzia Santos, 52 anos, garantiu que o movimento nas feiras livres tem sido maior, e os consumidores buscam, principalmente, o açaí grosso. "Como o valor aumentou em pontos de venda e supermercados, os clientes vêm mais aqui, onde é barato. Mesmo com esses aumentos, a gente faz o possível para manter o mesmo preço", garantiu a vendedora.

A psicóloga Luana Martins, de 31 anos, teve um filho recentemente e, mesmo com pouca idade, já se apaixonou pelo fruto paraense. "Lá em casa ele é quem mais gosta. Quando ele quer tomar e não tem, chora. Sempre preciso manter pelo menos um litro dentro da geladeira", contou Luana. Além do filho de dois anos, ela e o marido também são fãs do açaí e têm o costume de tomar como sobremesa. Segundo a psicóloga, os novos preços ainda não foram percebidos no bolso.

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