Uma análise dos 100 dias de governo Helder Barbalho pela Conexão AMZ

A Conexão AMZ listou alguns dos principais fatos que foram notícia durante os primeiros 100 dias de governo de Helder Barbalho à frente do Poder Executivo no Pará

Equipe Conexão AMZ
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Teve polêmica, mas teve promessa de campanha cumprida também. Passados 100 dias do governo de Helder Barbalho (MDB), no Pará, a Conexão AMZ lista alguns dos principais fatos da nova gestão do Poder Executivo.

Confira também a opinião da nossa editora, Rita Soares:

Pra começar, uma polêmica, em um de seus primeiros atos como governador do estado, Helder exonerou cerca de 2,5 mil servidores que ocupavam cargos comissionados em órgão públicos estaduais. 

As exonerações, segundo o governo, representariam uma economia de mais de R$ 3 milhões aos cofres do estado e ajudariam a equilibrar as contas, já que a nova gestão teria herdado um déficit de R$ 1,7 bilhão do governo anterior. Prejuízo negado pelo ex-governador Simão Jatene (PSDB), que não compareceu à cerimônia de entrega da faixa ao seu sucessor. 

Parte dos exonerados, no entanto, acabou sendo readmitida, sobretudo na emissora de rádio e televisão estatal, que ficou sem pessoal para colocar a programação no ar. Mas só até o início do mês, quando foram novamente exonerados num jogo confuso de nomeações e exonerações, do qual foi simbólica a saída de apresentadora Renata Ferreira , do sem censura, 16 anos depois.

Ainda sobre a posse, cumprindo uma de suas promessas de campanha e que acabou virando slogan do governo (Por todo o Pará), Helder não só tomou posse em três municípios – além da cerimônia oficial, em Belém, o ato foi reproduzido em Marabá, no sudeste do estado, e Santarém, no oeste paraense – como colocou em prática o projeto de governo itinerante, despachando na capital e nesses outros dois municípios. 

Ainda em janeiro, o governo deu início à obra do BRT Metropolitano, projeto que já tinha recurso assegurado e que deve integrar parte da Região Metropolitana em um sistema de transporte coletivo. Outra promessa que conseguiu cumprir até agora foi a chegada de homens da Força Nacional para reforçar a segurança. Helder queria 300 homens, conseguiu 200, mas a Secretaria de Segurança Pública diz que os números da violência estão em queda desde janeiro. De acordo com a Segup, quando comparados os anos de 2018 e 2019, de 1º de janeiro a 31 de março houve redução de 24% nos registro de homicídios e de 29% nas ocorrências de roubo. 

Mas o governo também precisou rever algumas medidas, como criar um grupo de trabalho para avaliar os riscos das barragens de mineração no estado – após o rompimento de uma barragem da Vale, em Brumadinho (MG) – depois de ter suspendido o embrago imposto à mineradora Hydro após o vazamento de rejeitos no Rio Pará, em Barcarena, no ano passado.

Nesses 100 dias, o governo também se deparou com sua maior gestão de crise até o momento, tendo que responder rapidamente aos impactos e prejuízos causados pela queda da ponte sobre o Rio Moju, na Alça Viária, uma das principais vias de integração do estado. E recebe olhares, no mínimo, desconfiados sobre o projeto de reforma fiscal, ainda sigiloso, que pretende apresentar à Assembleia Legislativa. 

Ex-ministro dos governos Dilma (PT) e Temer (MDB), Helder já demonstrou sua influência ao assumiu a liderança da comissão formada por governadores para acompanhar a regulamentação de Lei Kandir. O grupo cobra compensação aos estados pela perda de arrecadação com a isenção fiscal concedida pela lei. Mas também pouco jogo de cintura ao confiscar os celulares de jornalistas durante um encontro com a imprensa. E os próximos 100 dias, como serão?

Resposta

Mencionada na reportagem, a Hydro se manifestou por meio de nota. De acordo com a mineradora, "várias inspeções de autoridades, como o IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, SEMAS – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Defesa Civil e SEMADE – Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico de Barcarena confirmaram que não houve vazamentos ou transbordo dos depósitos de resíduos de bauxita da Alunorte". Ainda segundo a empresa, "professores da Universidade Federal de Campina Grande, amplamente reconhecida como especialista no campo da engenharia química, confirmaram que a Alunorte pode produzir com segurança a 100% de sua capacidade do ponto de vista da gestão da água", mas as atividades continuam embargadas em 50% pela Justiça, a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

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