Novo parâmetro de qualidade do açaí prevê detecção de doenças

Instrução Normativa foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e se baseou em pesquisas da UFPA e Parque de Ciência e Tecnologia, no Guamá, além de discussão com batedores de Belém e Ananindeua

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O açaí ganhou novos parâmetros de identificação e qualidade. A nova Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o produto, abre precedentes para obrigatoriedade da detecção de Salmonela, bolores, leveduras, coliformes e Trypanosoma cruzi, agente causador da doença de Chagas, cujo número de notificações dobrou nos últimos sete anos. As regras e prazos para a análise e avaliação dos pontos de venda ainda não foram divulgadas.

“Essa preocupação é recente. Há 20 anos, quando a norma foi criada, não havia esse cenário. Se de um lado zelamos pela qualidade dos benefícios que o fruto tem para a saúde, não podemos nos omitir em relação à doença. Aqui, no laboratório, desenvolvemos um método rápido e confiável para detectar pequenas quantidades vivas de T. cruzi no açaí”, informou Hervé Rogez, pesquisador e coordenador do Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (CVACBA), da Universidade Federal do Pará (UFPA).

A nova IN estabelece padrões do açaí, açaí clarificado e açaí desidratado, destinados ao consumo pronto ou após reconstituição, e foi pautada pela discussão promovida pela Universidade e pelo Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, entre a Associação de Pequenos Batedores de Belém e Ananindeua, setor privado e pesquisadores. Além do açaí comercializado no Pará, a norma estabelece instruções também para o produto comercializado no Sul e Sudeste do país.

“A norma protege o consumidor porque amarra os parâmetros de qualidade condizentes com o preço do açaí, produto caro, se comparado a outros sucos vendidos em São Paulo ou no Rio de Janeiro, por exemplo. Algumas amostras do açaí comercializado nesse eixo, quando analisadas, não tinham quase nenhum antioxidante. Isso não pode acontecer porque o consumidor paga caro por um produto que acha saudável, e acaba não encontrando os benefícios que está no direito de encontrar”, reiterou o pesquisador.

(Com informações do PCTGuamá)

Foto: Anderson Silva/Ag. Pará
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