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Empreendedorismo começa cedo, mas Pará está no topo da informalidade

Levantamento pioneiro e nacional do Sebrae com 2.132 empreendedores, de todas as idades, mostra que a ideia de ter um negócio próprio começa bem cedo. No Pará, IBGE aponta que a informalidade no setor é superior a 90%

Josiele Soeiro | Conexão AMZ
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Pela primeira vez, o Sebrae realizou um levantamento nacional para traçar o perfil do jovem empreendedor brasileiro. A sondagem ouviu mais de 2.132 empreendedores, de todas as idades, e constatou: pelo menos um em cada três brasileiros já pensava em empreender antes mesmo de completar 18 anos, o que equivale a 32%. No grupo de empresários com até 24 anos, esse percentual é bem maior, cerca de 80%.

No último sábado (22), centenas de empreendedores paraenses debateram oportunidades para realizar encontros e incentivar novas parcerias e conexões durante o Empreenday Belém, realizado pelos grupos de empreendedores locais independentes Solar Colaborativo e Casa 4. A programação reuniu diversos nichos do mercado regional nos segmentos de beleza, saúde, gastronomia e arte, assim como empresas públicas e privadas na linha da inovação, design, tecnologia, fomentos cultural e socioambiental e terceiro setor.

image Empreenday incentivou novas parcerias e conexões no mercado local (Kleiton Pantoja - Conexão AMZ)

Um dos palestrantes convidados foi Marcelo Magalhães, do Boa Ventura Lab. Ele bateu um papo com a Conexão AMZ sobre empreendedorismo entre os jovens, mídias sociais, formalidade e informalidade.

 

 

Informalidade é destaque no Pará

De acordo com uma pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2018, de cada cinco brasileiros adultos, dois eram empreendedores. Com isso, estima-se que 52 milhões de pessoas, entre 18 e 64 anos, tenham um negócio próprio. Mas, a vocação para empreender não é garantia de formalidade. Uma pesquisa divulgada este mês pelo Sebrae mostra que o empreendedorismo ainda é uma atividade predominantemente informal no país.
 

Dados do IBGE apontam que quase 2/3 dos 28,4 milhões de donos de negócio no Brasil não possuem o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). No Pará, o índice de informalidade chega a 90.80%, o segundo maior porcentual nacional. 

image Rubens Magno, diretor do Sebrae Pará, explica  as vantagens da formalização.(Carlos Borges)

“Realmente, os índices nacionais de informalidade são altos. O Pará reflete isso. Nesse cenário, nossa atuação gira, principalmente, em torno de mostrar as vantagens, tanto para o empreendedor quanto para a economia local, em formalizar os negócios e dar o apoio necessário para isso”, explica Rubens Magno, diretor do Sebrae Pará.
 

Magno ainda destaca que o Sebrae Pará atua na capacitação dos empreendedores e contribui para que ampliem as oportunidades de negócios, estimulando a participação em eventos de mercado, como feiras, e proporcionando acesso às compras públicas. “Entendemos que não basta dizer que é vantagem ser formal. É preciso criar condições para que esses negócios formalizados possam crescer, sendo exemplos que estimulem a formalização”, declara.
 

O representante do Sebrae no Pará também detalha que existe por aqui a cultura de associar a formalização a pagamento de altos impostos. “No Sebrae, temos um trabalho intenso para mostrar as vantagens de ser formalizado, de se conquistar a cidadania empresarial com a formalização. Apesar disso, ainda há, em nosso estado, a cultura de associar a formalização, por exemplo, a pagamento de altos impostos, de que não vale a pena ser formal. Com isso, não se percebe os benefícios de ser formalizado, com oportunidades para os negócios e para os empreendedores individualmente, como acesso ao crédito, vender para governos e muito mais.”

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