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Pará tem 18 barragens classificadas como de alto dano potencial

Ao divulgar informação, o secretário de Meio Ambiente do Estado ressaltou que isso não significa que essas barragens estejam, hoje, com risco iminente de rompimento

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O rompimento de uma barragem de rejeitos de minérios em Brumadinho, Minas Gerais, fez acender o sinal de alerta no Pará, estado que abriga alguns dos maiores projetos minerais do país. O relatório mais recente da Agência Nacional de Mineração aponta que, no Estado, há 64 barragens para contenção e depósito de rejeitos minerais, e, entre elas, há 18 classificadas como de alto dano potencial. A mais conhecida delas tem 42 metros de altura e atende ao projeto Sossego em Canaã dos Carajás, que pertence à Vale, mesma empresa responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho.

O secretario de Meio Ambiente, Mauro Ó de Almeida ressaltou que isso não significa que essas barragens estejam hoje com risco iminente de rompimento, mas sim que, em caso de um acidente, o dano ambiental, social e humano seria altíssimo. Na prática,  quer dizer que elas exigem atenção redobrada.

Os dados mais recentes sobre barragens no Pará foram divulgados nesta segunda-feira, 28, pelo governador do Pará, Helder Barbalho, ao anunciar a criação de um grupo de trabalho para levantar a situação de todas as construções desse tipo no Estado. “Não podemos repetir em território paraense a dolorosa situação de Brumadinho”, disse.

O caso mais preocupante, contudo, é o de outras 27 barragens que sequer estão no Sistema Nacional de Segurança. O secretário de Meio Ambiente, Mauro Ó de Almeida, admitiu que não há ainda informações sobre as razões dessas obras não constarem nos registros nacionais. Essa será uma das missões do grupo criado nesta segunda-feira.

O grupo será formado por Corpo de Bombeiros, Ministério Público Federal e Ministério Público Estado, Defesa Civil, além das secretarias de Meio Ambiente e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Turismo.   Os órgãos terão cinco dias úteis para indicar os integrantes do grupo e o trabalho deve durar 60 dias. A ideia é reunir documentos técnicos sobre as barragens e, se houver necessidade, fazer vistorias nos locais.

Atualização


A respeito da barragem do Sossego, a assessoria de imprensa da Vale enviou nota para nossa redação garantindo que as barragens da Vale são vistoriadas além do que determina a legislação. “São centenas de vistorias todos os anos. Quinzenalmente, são realizados monitoramentos e inspeções em todas as estruturas que se enquadram na Política Nacional de Segurança de Barragens”. A empresa informou ainda que criou um grupo de trabalho que “para elevar o padrão de segurança das barragens da empresa”. O objetivo, afirma a nota, “ superar os parâmetros mais rigorosos existentes hoje no Brasil e no mundo”
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