Chega a 62 o número de mortos em ataque terrorista na Rússia

O Estado Islâmico reivindicou a autoria da ação, que teve como alvo uma casa de shows perto de Moscou

O Liberal

O Comitê de Investigação da Rússia confirma em 62 o número de vítimas contabilizadas em um ataque terrorista contra um conhecido complexo de concertos próximo a Moscou nesta sexta-feira (22). Cerca de 100 pessoas ficaram feridas após atiradores invadirem o prédio, fazendo uso de armas de fogo e granadas.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelo ataque em um breve comunicado divulgado no perfil de notícias do grupo, Amaq, no aplicativo Telegram. Entretanto, não foram apresentadas evidências para sustentar a alegação. Em nota divulgada na noite desta sexta, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que não há notícias sobre brasileiros vítimas do atentado

Vídeos do local do ataque, a sala de concertos Crocus City Hall, mostram o amplo complexo, que abriga uma área musical e um centro comercial, envolto em chamas e muita fumaça.

Segundo a agência estatal RIA Novosti, os agressores "dispararam com armas automáticas" e "lançaram uma granada ou bomba incendiária, provocando um incêndio". Posteriormente, eles teriam fugido em um carro.

De acordo com o Russia 24, o ataque ocorreu antes de uma apresentação do grupo musical Picnic. O empresário da banda afirmou à mídia estatal que os artistas saíram ilesos.

O Gabinete do Procurador-Geral da Rússia informou que "indivíduos não identificados, camuflados, invadiram a casa de shows e começaram a atirar antes do início da apresentação", conforme relatado pela TASS.

As imagens em vídeo mostram o pânico que se instalou durante o ataque, com a multidão aglomerada, pessoas gritando e se escondendo atrás dos assentos enquanto os tiros ecoavam pelo salão.

O governador regional, Andrey Vorobyov, assegurou que todos os esforços vêm sendo feitos para resgatar as pessoas. Uma equipe de comando tático especial foi mobilizada para a área, enquanto mais de 70 equipes de ambulâncias e médicos prestam assistência às vítimas.

Cerca de 100 pessoas foram retiradas do prédio pelos bombeiros, relatou a TASS.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, classificou o ataque como uma "terrível tragédia" e anunciou o cancelamento de todos os eventos esportivos, culturais e públicos em Moscou durante o fim de semana.

Segundo o Kremlin, o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre o ataque e está recebendo atualizações sobre o ocorrido.

Alerta dos EUA

No início deste mês, a embaixada dos EUA na Rússia alertou sobre relatos de que extremistas planejavam atacar grandes eventos em Moscou, incluindo concertos. O governo norte-americano aconselhou seus cidadãos a evitarem aglomerações.

Em um discurso à agência de segurança federal da Rússia na terça-feira (19), Putin criticou os avisos da embaixada sobre possíveis ataques terroristas em Moscou, descrevendo-os como "provocativos" e sugerindo que visavam à desestabilização da sociedade russa.

A embaixada dos Estados Unidos em Moscou declarou estar ciente do "incidente terrorista em andamento em Crocus" na sexta-feira e aconselhou seus cidadãos a não viajarem para a Rússia.

A Ucrânia, que está envolvida em um conflito com a Rússia há mais de dois anos, negou qualquer envolvimento no ataque.

O conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak afirmou que "a Ucrânia nunca recorreu ao uso de métodos terroristas" e sugeriu que a Rússia poderia utilizar o ataque para justificar o conflito em curso, intensificando as operações como parte de sua "propaganda militar" na Ucrânia.

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