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Rosa Weber vota pela anulação de decreto que beneficiou Daniel Silveira

O indulto foi editado um dia após o parlamentar ser condenado à prisão por tentar impedir o livre exercício dos poderes e coagir o processo sobre ataques virtuais à Corte

O Liberal

Nesta terça-feira (3), a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, votou a favor da anulação do decreto de indulto concedido no ano passado pelo então presidente Jair Bolsonaro a Daniel Silveira, à época deputado federal pelo PTB do Rio de Janeiro.

Relatora dos processos que questionam o decreto, a ministra argumentou que o ato de Bolsonaro foi feito com desvio de finalidade. Para Weber, a medida revelou uma "faceta autoritária e descumpridora da Constituição".

"O presidente da República editou decreto de indulto individual absolutamente desconectado do interesse público. A verdade é que o fim almejado com a edição do decreto de indulto foi beneficiar aliado político de primeira hora, legitimamente condenado pelo STF", afirmou.

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Print foi divulgado pela Folha de São Paulo

A ministra enfatizou que a Constituição não prevê poderes absolutos e que as decisões do STF não precisam ser confirmadas pelos demais poderes. "Não há, sob a égide da Constituição, atos públicos insuscetíveis de controle. Todos os atos do Poder Público, independentemente de quem os edita ou pratica, estão sujeitos à fiscalização e avaliação quanto à legalidade e constitucionalidade", completou.

Após o voto da relatora, a sessão foi suspensa e será retomada amanhã (4). Mais nove ministros devem votar.

Entenda o caso

Em maio do ano passado, Bolsonaro assinou um decreto concedendo graça constitucional à pena de Daniel Silveira (PTB-RJ), apoiador do então presidente e integrante da sua base na Câmara dos Deputados.

O decreto foi editado em 21 de abril, um dia após o parlamentar ter sido condenado pelo Supremo a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos poderes e coação no curso do processo que responde por ataques virtuais à Corte.

Após a publicação do decreto, partidos de oposição recorreram ao Supremo para restabelecer a condenação de Silveira. Segundo as legendas, a medida foi ilegal e destinada a beneficiá-lo.

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