Moraes, do STF, determina que membros do grupo 'Caçadores de ratos do STF' sejam identificados

A determinação foi feita a pedido da PGR, que precisa de mais informações sobre o grupo para determinar se existiu associação criminosa de Ivan Rejane, preso em 22 de julho por defender a "caça" de ministros do STF e políticos de esquerda

Gabriel Mansur

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, determinou nesta segunda-feira (22) que a Polícia Federal identifique, no prazo de 15 dias, os membros de um grupo do Telegram chamado “Caçadores de ratos do STF” e que analise o teor das mensagens trocadas por essas pessoas. 

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A investigação se dá por conta de um pedido feito pela PGR (Procuradoria-Geral da República), após a prisão de Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, que está preso desde o dia 22 de julho, por conta de incitação de ataques a políticos de esquerda, como o ex-presidente Lula, e a membros do STF

Ele é acusado de cometer o crime de tentar, por meio de violência física ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito e de ter formado uma associação criminosa. 

image Ivan Rejane, em vídeo publicado em suas redes sociais (Reprodução)

Ao apreender e analisar o celular e computador de Ivan, a Polícia Federal identificou que ele fazia parte de grupos nas redes sociais nos quais interagia com outras pessoas que compartilhavam “vídeos, imagens e textos produzidos, na maioria das vezes, com conteúdo criminoso, proferindo ofensas, intimidações, ameaças e imputando fatos criminosos a ministros do STF e integrantes de partidos políticos à esquerda do espectro ideológico”, identificou a PF.

Um dos grupos onde as mensagens eram compartilhadas seria o “Caçadores de ratos do STF”, que mantinha 159 participantes. Em um primeiro momento, a PF não conseguiu identificar quem eram essas pessoas, mas ficou à disposição para realizar novas pesquisas e diligências.

O crime de associação criminosa continua a ser investigado

Para acusar Ivan Rejane de associação criminosa, a PGR precisa que existam provas da permanência e estabilidade de um grupo com três pessoas ou mais que visavam cometer algum crime. Com a falta de provas, a Procuradoria não pôde confirmar a hipótese no momento. 

Entretanto, segundo a vice-PGR, Lindôra Araújo, “com o aprofundamento das diligências investigativas, especialmente com a identificação dos 159 participantes do grupo de Telegram 'Caçadores de ratos do STF' e respectiva análise de mensagens trocadas, tal hipótese criminal se afigura factível de ser revelada”.

O pedido feito pela PGR foi acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes: “Determino (que) sejam os autos encaminhados ao delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor para que, no prazo de 15 dias, realize a análise do teor de mensagens trocadas e identifique todos os integrantes do grupo no Telegram 'Caçadores de ratos do STF”, despachou o presidente do TSE.

Quem é Ivan Rejane?

Preso em Belo Horizonte no dia 22 de julho após resistir a prisão, Ivan já foi candidato a vereador pelo antigo partido do atual presidente, o PSL (atual União Brasil), sob o nome Ivan Papo Reto, mas obteve apenas 189 votos, longe dos 3 mil atingidos pelo vereador eleito menos votado na capital mineira.

Ele foi preso por publicar vídeos onde defendia "caçar" e "pendurar de cabeça pra baixo" ministros e políticos e também angariou apoio para praticar atos contra as instituições no dia 7 de setembro. 

(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)

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