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Síndrome de Stevens-Johnson: o que é, quais os sintomas, como pegar e como tratar

Entenda a rara doença que pode levar a morte

Gabriel Bentes
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A síndrome de Steve-Johnson é uma doença grave causada, geralmente, pelo uso de medicações, mas também estar associada a infecções. A descamação na pele é o sintoma característico dessa doença, que pode ocorrer em qualquer momento da vida. A doença ficou conhecida após a mulher do cantor Frank Aguiar, Carol Santos fazer um relato emocionante nas redes sociais. Na última segunda-feira (3), ela contou sobre ter passado 10 dias internada na UTI de um hospital.

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Geralmente, a síndrome acomete pessoas com sistema imunológico anormal, como quem realizou transplante de medula óssea, lúpus eritematoso sistêmico, doenças crônicas das articulações e do tecido conjuntivo, com infecção pelo vírus do HIV, potencializado quando a pessoa tem pneumonia.

Em alguns casos, a pessoa fica muito doente e incapaz de realizar suas necessidades, como alimentação e urina. A tendência a desenvolver um desses distúrbios pode ser hereditária. Confira abaixo os sintomas, como pegar e como tratar.

Sintomas

Inicialmente, a doença apresenta sintomas comuns como:

  • Coriza;
  • Diarreia;
  • Dor de cabeça;
  • Dor de garganta;
  • Febre;
  • Mal-estar;
  • Tosse.

Posteriormente, surgem placas avermelhadasdescamações pelo corpo de forma irregular e feridas nas membranas mucosas. As áreas de erupção cutânea tendem a se espalhar cada vez mais, formando bolhas na parte central.

A camada dessas bolhas é tão sensível que, com um leve toque ou puxão, se desfaz facilmente, e naturalmente descasca de um a três dias. Quando expostas, essas regiões podem liberar grandes quantidades de líquidos e sais.

As regiões afetadas são dolorosas e a pessoa sente febre e calafrios e, uma vez expostas, aumentam o risco de infecções nos locais, que é o maior causador de óbitos de pessoas com a síndrome.

Em alguns casos, cabelos e unhas tendem a cair. As regiões das mãos e pés também podem ser afetadas.

Úlceras

A síndrome de Steve-Johnson pode ocasionar ulcerações em membranas mucosas como:

  • Boca e garganta, trazendo dificuldade para alimentação e dor para fechar a boca;
  • Olhos, com fortes dores, inchaços, cicatrizes na córnea e formação de crostas que os fecham completamente;
  • Uretra, tornando-se difícil e doloroso urinar;

Às vezes, as membranas mucosas das vias digestivas e respiratórias também são afetadas, causando diarreia, tosse, pneumonia e dificuldade respiratória.

Como pegar?

Geralmente, a Síndrome de Steve-Johnson é ocasionada por medicamentos, mas também podem ser adquiridas por infecções. Confira o que pode causar a doença:

  • Antibióticos, como a sulfa;
  • Anti-inflamatórios, como piroxicam ou alopurinol;
  • Medicamentos anticonvulsivantes, como fenitoína e carbamazepina;
  • Infecção bacteriana;
  • Vacinação
  • Doença de enxerto contra hospedeiro

Como tratar?

O diagnóstico da Síndrome de Steve-Jonhson é dado por avaliação médica, que toma como base a situação do aspecto da pele e das membranas mucosas afetadas. 

Pode ser solicitado uma biópsia cutânea, que é a retirada de um pequeno fragmento da pele ou da mucosa para análise laboratorial e diagnóstico microscópico.

Diagnosticado, a pessoa pode realizar o tratamento em um centro para queimaduras ou Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para receber os cuidados necessários para evitar contrair infecções. As medicações utilizadas para tratar a síndrome possivelmente serão:

  • Ciclosporina, que reduz a duração da formação ativa de bolhas e a descamação;
  • Corticosteroides;
  • Plasmaférese, que é a retirada de substâncias nocivas do sangue;
  • Imunoglobulina, que auxilia na prevenção de danos às células da pele;
  • Imunossupressores, que enfraquecem o sistema imunológico e ajudam a impedir que ele ataque os tecidos do próprio corpo.

Embora existam motivos teóricos que fundamentam a utilidade de certos medicamentos, o uso deles é controverso, pois nenhum deles demonstrou claramente melhorar o tempo de vida.

Existe ainda um dilema entre os médicos quanto ao uso de corticosteroides nos primeiros dias da doença. Uns acreditam que eles são benéficos, outros acreditam que eles não devem ser usados, pois podem aumentar o risco de sérias infecções. Vale ressaltar que qualquer medicação suspeita de causadora do distúrbio deve ser imediatamente suspensa. 

(*Gabriel Bentes, estagiário sob supervisão de Carlos Fellip, editor executivo de OLiberal.com)

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