Estudo revela que bebidas com adoçantes artificiais aumentam o risco de arritmia cardíaca

Pesquisa indica que consumo excessivo de bebidas com adoçantes artificiais pode aumentar em 20% o risco de fibrilação atrial

Hannah Franco

Um novo estudo revelou uma associação preocupante entre o consumo frequente de bebidas com adoçantes artificiais e o risco de fibrilação atrial (A-fib), um tipo de arritmia cardíaca. A pesquisa, publicada na revista "Circulation: Arrhythmia and Electrophysicalology", sugere que o consumo moderado de bebidas açucaradas também apresenta risco, mas menor.

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O estudo, realizado com quase 202 mil pessoas no Reino Unido, acompanhou os participantes por uma média de 10 anos e constatou que:

• Beber dois litros ou mais por semana de bebidas adoçadas artificialmente (equivalente a um refrigerante diet de fast-food por dia) aumentou o risco de A-fib em 20% em comparação com quem não bebia essas bebidas.

• O consumo de dois litros de bebidas açucaradas por semana elevou o risco em 10%.

• Já o consumo de 120 ml de sucos puros e sem açúcar, como suco de laranja ou de vegetais, foi associado a um risco 8% menor de A-fib.

Conhecida como A-fib, a fibrilação atrial é um batimento cardíaco irregular frequentemente descrito por muitas pessoas como um “tremor”, “vibração” ou “flip-flop” do coração no peito.

Embora o estudo não determine uma relação causal, os resultados alertam para os riscos potenciais do consumo excessivo de adoçantes artificiais. "Ainda precisamos de mais pesquisas sobre essas bebidas para confirmar essas descobertas e para compreender completamente todas as consequências para a saúde das doenças cardíacas e outras condições de saúde", disse Kris-Etherton, que é membro do comitê de nutrição da American Heart Association.

"Entretanto, a água é a melhor escolha e, com base neste estudo, as bebidas adoçadas sem ou com baixas calorias devem ser limitadas ou evitadas", acrescentou.

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Dados alarmantes e fatores de risco

A fibrilação atrial é a principal causa de AVC (Acidente Vascular Cerebral) nos Estados Unidos. Além disso, os AVCs associados à fibromialgia tendem a ser "mais graves do que os derrames com outras causas subjacentes", de acordo com o CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças). A condição afeta cerca de 40 milhões de pessoas no mundo, 6 milhões só nos EUA.

A idade, obesidade, hipertensão, diabetes, doença renal crônica, tabagismo e consumo de álcool são fatores de risco para a doença. A pesquisa revelou que os maiores consumidores de bebidas adoçadas artificialmente eram mais propensos a ser mulheres, mais jovens, a ter sobrepeso e ter maior prevalência de diabetes tipo 2.

Aqueles que bebiam mais bebidas açucaradas tinham maior probabilidade de ser do sexo masculino, mais jovens, ter sobrepeso e ter maior prevalência de doenças cardíacas. As pessoas que bebiam tanto bebidas adoçadas com açúcar quanto suco puro eram “mais propensas a ter uma ingestão maior de açúcar total do que aquelas que bebiam bebidas adoçadas artificialmente”, de acordo com o comunicado.

*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de OLiberal.com)

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