STF determina gratuidade no transporte público nas eleições de 2024

Defensora pública observa que em 2022 a liberação do transporte público reduziu a abstenção no segundo turno

O Liberal
fonte

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (18) que estados e municípios devem garantir o transporte público gratuito durante as eleições de 2024. A decisão foi unânime, e o STF também solicitou ao Congresso a aprovação de uma norma que regulamente esse direito.

De acordo com a decisão, caso o Congresso não aprove uma norma a respeito do assunto, a regulamentação ficará a cargo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

VEJA MAIS

image STF recebe ações sobre resolução do Conselho de Psicologia que proíbe atendimentos religiosos
Enquanto o partido Novo entrou com uma ação contra a resolução, o PDT impetrou uma a favor

image Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra inelegibilidade e questiona uso de 'minuta do golpe'
Antes de ir para apreciação do Supremo, pedido do ex-presidente passará por análise do ministro Alexandre de Moraes

No ano passado, durante as eleições, o relator do caso e presidente do STF, Luís Roberto Barroso, acatou o pedido de liminar apresentado pela Rede Sustentabilidade e determinou a manutenção do transporte público nos dois turnos da eleição. Posteriormente, essa medida foi confirmada pelo plenário.

Há uma "omissão constitucional"

Na sessão desta quarta, o STF deliberou definitivamente sobre o caso, concluindo que há uma "omissão constitucional" na ausência de aprovação da gratuidade.

O ministro Barroso ressaltou que o transporte público gratuito permite que a população possa participar das eleições, enfatizando que, em uma democracia, é essencial que as eleições ocorram com a maior participação possível e de maneira justa e republicana.

O presidente do STF também observou que a atuação do tribunal se justifica devido à falta de legislação sobre o assunto.

Durante o julgamento, o advogado-Geral da União substituto, Flávio José Roman, defendeu o acesso gratuito ao transporte e destacou que essa medida assegura a democracia no país, uma vez que o custo do transporte pode ser uma barreira ao exercício do direito de voto para certas camadas sociais.

A defensora pública Tatiana Melo Aragão Bianchini também apoiou a medida e observou que a liberação do transporte público resultou na redução da abstenção de eleitores no segundo turno das eleições de 2022. Ela enfatizou que políticas públicas que promovam a participação de todas as classes sociais no processo eleitoral contribuem para o fortalecimento da democracia.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA