CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

‘Essas pessoas não invadiram terra indígena’, diz senador do Pará sobre colonos da TI Apyterewa

Zequinha Marinho argumenta que moradores da região é que “foram invadidos pela expansão da terra indígena”, que aumentou em mais 507 mil hectares

O Liberal
fonte

O senador do Pará, Zequinha Marinho (Podemos), defendeu as famílias que estão na região de Apyterewa e pediu medidas para acabar com a violência instalada na área. O prazo para desocupação pacífica das terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá, localizadas entre os municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio, no sudeste paraense, terminou na última terça-feira (31). Porém, nesta quarta-feira (1), muitos colonos ainda retiravam seus pertences e relataram à equipe do Grupo Liberal que acompanhava a situação no local que não tinham para onde ir.

Em suas redes sociais, Marinho afirmou que “grande parte da imprensa nacional desconhece a realidade na Amazônia”.

VEJA MAIS

image Colonos retirados da TI Apyterewa e Trincheira Bacajá relatam não ter para onde ir
Nesta terça-feira (31) terminou o prazo para a saída pacífica dos moradores de vilas que estariam em áreas declaradas dos povos indígenas

image Moradores alegam não ter contato com indígenas nas terras demarcadas
Território foi homologado em 2007, durante o segundo mandato do presidente Lula

“As famílias de trabalhadores rurais, que estão na região de Apyterewa há décadas, não são invasores”, escreveu, na legenda de um vídeo em que fala sobre a situação.

“Essas pessoas não invadiram terra indígena. Essas pessoas foram invadidas pela expansão da terra indígena”, disse o parlamentar na gravação, referindo-se aos processos de expansão das terras indígenas, homologados em 2007, e retirada dos invasores que viviam nessa área como uma das condicionantes para a obra de Belo Monte.

image Animais são vítimas de maus-tratos durante desocupação de terras indígenas
Carreta que transportava gados tomba no meio estrada e deixa animais caídos na via

image Termina nesta terça-feira o prazo para desocupação de terras indígenas no Pará
A operação de desintrusão que envolve 14 órgãos federais e estaduais, está atuando na região notificando invasores e fiscalizando crimes, desde o dia 2 de outubro, com a aplicação de multas e apreensão de equipamentos também.

Zequinha ressalta que, com essa expansão, o território indígena, que tinha 266 mil hectares, aumentou em mais 507 mil hectares. “Mais de duas mil famílias foram atingidas por essa expansão”, diz o senador, que afirma ter procurado o governo federal para "denunciar as atrocidades que acontecem em Apyterewa". Zequinha conta que chegou a se reunir com o ministro-chefe da Secretaria de Relações-Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, para solicitar a suspensão da violência instalada naquela localidade do município São Félix do Xingu.

O jornal Folha de São Paulo noticiou nesta quarta-feira (1) que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria decidido congelar as ações policiais de incursão no território até a definição de como será o próximo passo da desintrusão. “Parece que governo reconheceu a verdade dos fatos e o legítimo direito daquelas famílias que estão na área há décadas e que construíram suas vidas lá. São cidadãos, homens e mulheres de bem e que precisam ter seus direitos preservados. Não defendo criminoso, minha luta é pelos trabalhadores que estão desesperados frente ao risco de perderem seus tetos e todos seus bens construídos ao longo da vida”, declarou Zequinha Marinho, em suas redes sociais, após a informação ser divulgada.

Porém, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proferida na terça-feira (31) manteve a Operação de Desintrusão das Terras Indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Política
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM POLÍTICA

MAIS LIDAS EM POLÍTICA