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Sítios com arte rupestre são encontrados pelo Museu Goeldi em Monte Alegre

Até o momento, 14 novos sítios arqueológicos com as pinturas nas paredes foram identificados em propriedades privadas na região do Cauçu

O Liberal

A riqueza patrimonial existente no território paraense cresce a cada ano em que são descobertos novos itens e locais com abundantes fontes históricas sobre o Pará e região. No Parque Estadual Monte Alegre (PEMA), no oeste do Estado, que abriga sítios arqueológicos com pinturas rupestres que datam de cerca de 12 mil anos atrás, foram descobertos 14 novos espaços onde é possível encontrar mais da arte centenária feita pelas primeiras civilizações.

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Os novos sítios arqueológicos foram encontrados no ano passado, por meio de pesquisas realizadas por projetos coordenados por pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de um financiamento privado. Os novos sítios estão na região do Cauçu e os estudos mostram que ainda podem existir outros locais com registros de pinturas rupestres.

Os oito primeiros sítios arqueológicos foram  descobertos em setembro de 2023, quando a pesquisa era financiada pelo CNPq. Outros seis foram localizados em uma segunda etapa de buscas, com financiamento privado. Todos os sítios estão catalogados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA). Os dados coletados ainda são preliminares, mas já evidenciam a importância da  conservação desses sítios visto que os desenhos e padrões gráficos sugerem a presença de diferentes sociedades na região do Cauçu.

image Área rochosa onde as pinturas foram encontradas (Imagem: Edithe Pereira)

Representação da história

As pinturas rupestres estão uma grande formação rochosa que formam um tipo de labirinto, onde estão diversos abrigos. Nas paredes e nos tetos destes abrigos que os desenhos foram feitos. Os desenhos apresentam padrões gráficos, com predominância de figuras geométricas, superposições e menos representações humanas quando comparado às pinturas rupestres conhecidas no PEMA. Os pesquisadores acreditam que os desenhos foram feitos por povos de diferentes culturas, que estiveram no Parque e no Cauçu.

Os povos, segundo os pesquisadores, usavam os abrigos rochosos exclusivamente para pintar, pois é uma região de difícil moradia. Há indícios de que essas primeiras civilizações na região moravam próximos aos abrigos, pois há terra preta com cerâmica no entorno da formação rochosa. Pelos estilos de pinturas encontrados foi possível identificar que vários grupos humanos passaram por ali.

Ameaças

A preservação da arte rupestre se vê ameaçada pelo avanço de queimadas na área. Segundo o levantamento, um dos principais perigos são as queimadas para a criação de gado. Isso afeta a conservação da sociobiodiversidade local, assim como intensifica os processos de mudanças climáticas. Segundo os pesquisadores, os estudos arqueológicos podem ser prejudicados diante do constante risco de perda de informações cruciais para o conhecimento sobre a história, a cultura e os modos de vida das antigas sociedades amazônidas.

 

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