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Três sítios arqueológicos são descobertos no Amazonas, entre eles as ruínas de um forte do século 18

Edificação do Forte São Francisco Xavier foi erguida em 1766 pela Coroa Portuguesa na região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru

O Liberal
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou que quatro sítios arqueológicos foram revelados em diferentes pontos do estado do Amazonas, entre eles três totalmente desconhecidos, em meio à seca que atinge a região.

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Os sítios descobertos são:

  • ruínas do Forte São Francisco Xavier, no município de Tabatinga: construído durante o século XVIII, às margens do rio Solimões, tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. Conforme informações divulgadas pelo Iphan, a edificação era a última parada para quem navegava o Solimões rumo aos Andes durante o período colonial, especialmente as embarcações que iam em direção à povoação espanhola de San Pablo de Loreto, no Peru, marcando os domínios da Coroa Portuguesa na região amazônica. 
  • sítio Costa do Goiabeira, no município de Anamã, a 160 km de Manaus: foram reveladas urnas funerárias em material cerâmico. 
  • sítio de Urucará, 260 km da capital: às margens do rio Uatumã: ele é composto de petróglifos, semelhantes aos descobertos na Ponta das Lajes, em Manaus, em que se pode ver gravuras feitas em pedras. Classificados como pré-coloniais, os sítios representam o modo de vida de povos que habitaram aquela região no passado.  

“Além de documentar e promover ações de fiscalização e registro desses bens, o Iphan estabeleceu um plano emergencial composto por vistorias e ações educativas. As visitas devem ser feitas em parceria com diferentes órgãos públicos e organizações sociais, que atuam de forma voluntária na preservação do Patrimônio Cultural e Ambiental da comunidade local”, informou o Instituto, em suas redes sociais.

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Ainda segundo o Iphan, o Forte São Francisco Xavier tinha formato de hexágono irregular e comportava nove peças de artilharia, das quais restam cinco – duas estão expostas no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro (RJ) e três no Quartel do Comando de Fronteira do Solimões, do Exército Brasileiro. “A edificação é considerada marco da consolidação da fronteira brasileira na região Norte. Na última semana, técnicos do Iphan vistoriaram as ruínas do forte para registrar o local no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), banco de dados que reúne informações sobre bens arqueológicos no Brasil”. 

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Ponta de Lajes

Neste ano de 2023, o sítio já conhecido da Ponta das Lajes, em Manaus, aflorou pela segunda vez – a primeira havia sido durante a seca de 2010. O local possui petróglifos - blocos rochosos nos quais há registros rupestres que representam figuras humanas – que teriam sido feitas entre mil e dois mil anos atrás, segundos estimativas. “Em sua maior parte, as representações são de rostos, que a comunidade local chama popularmente de “caretas”, mas há também gravuras e uma área de oficina lítica com marcas de amoladores. O sítio das Lajes ainda possui bacias de polimento locais em que, há milhares de anos, povos originários confeccionavam suas ferramentas, como machadinhas”, informou o Iphan.  

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