Pará treina equipes para ampliação de testes de clamídia e gonorreia

A Rede Nacional de Laboratórios do SUS, passou a ofertar testes para detecção de clamídia e da bactéria causadora da gonorreia, como informado pelo Ministério da Saúde, no último dia 13 de julho

Gabriel Pires
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A Rede Nacional de Laboratórios do Sistema Único de Saúde (SUS), distribuída em todo o Brasil, passou a ofertar testes para detecção de clamídia e da bactéria causadora da gonorreia, como informado pelo Ministério da Saúde (MS) no último dia 13 de julho. No total, o MS investiu R$ 3,3 milhões para viabilizar a testagem da população. No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) confirmou à Redação Integrada de O Liberal, na última quinta-feira (20). que o Estado está treinando as equipes para realização dos testes e fazendo a troca e instalação dos equipamentos.

A iniciativa do MS está alinhada à estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS) que visa o fortalecimento da vigilância das infecções sexualmente transmissíveis (IST) e o diagnóstico da incidência dessas doenças na população geral e em grupos mais vulneráveis. Até o momento, o tratamento para clamídia e gonorreia no Brasil vinha sendo feito com base em sinais e sintomas, sem que ocorresse a identificação do patógeno. Os exames são úteis para a testagem de pessoas sem sintomas, permitindo o diagnóstico em tempo oportuno e o tratamento correto.

Ainda de acordo com a Sespa, “assim que terminar a fase de treinamentos e os insumos forem recebidos, será divulgada uma nota técnica informando a disponibilidade do teste e o fluxo de atendimento”. Por isso, até o momento não há maiores informações relacionadas aos locais de testagem. O diagnóstico precoce e o tratamento correto diminuem os riscos de complicações como infertilidade, doença inflamatória pélvica, gravidez fora do útero, entre outras. 

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, um laboratório do Pará está habilitado para realização de testes de biologia molecular para clamídia e gonorreia. O investimento do MS – por meio do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs –, segundo o órgão, prevê o fornecimento de todos os itens necessários à realização da testagem por meio da empresa contratada pelo departamento. São eles: insumos, treinamentos, manutenção dos equipamentos e assessoria técnico-científica. 

“A contrapartida do estado é a indicação de laboratório com a estrutura física adequada para o recebimento dos equipamentos, a organização do fluxo local de testagem e a disponibilização de profissionais que executarão o exame no laboratório da rede, assim como o monitoramento e avaliação dos dados do Sistema de Gerenciamento Laboratorial (GAL). No que tange a cobertura descentralizada da oferta da testagem e tratamento para clamídia e gonococo, esta deverá ser discutida, avaliada e pactuada em bipartite”, informou o Ministério da Saúde, em nota.

O órgão informou, ainda, que realiza o repasse orçamentário via fundo a fundo para incentivos às ações de vigilância, prevenção e controle das infecções sexualmente transmissíveis, os quais também podem ser utilizados pelo nível local para apoiar a execução de ações relacionadas à implantação dos testes de biologia molecular para detecção de clamídia e gonococo no âmbito do SUS.

Cuidado

Para o diretor do Departamento de HIV/aids, Tuberculose, Hepatites Virais e IST, Draurio Barreira, esse investimento é mais uma ação para atender às prioridades do Ministério da Saúde no cuidado integral às pessoas com IST, em particular, as mais vulnerabilizadas. “Nossa intenção é que os Centros de Testagem e Aconselhamento, além dos Serviços de Atenção Especializada em IST sejam os principais parceiros na adesão aos testes, pois são estratégicos por já atuarem com pessoas vivendo com HIV, pessoas em uso de PrEP [profilaxia pré-exposição ao HIV] ou com indicação para PEP [profilaxia pós-exposição ao HIV] e outras pessoas com maior vulnerabilidade às IST”, explica.

Histórico

Desde 1997, o Ministério da Saúde mantém parceria com a Rede Nacional de Laboratórios do SUS para a realização de exames de quantificação da carga viral do HIV. Em 2011 e 2012, foram incorporados os exames de carga viral das hepatites B e C. Em acréscimo, desde 2018, a Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órtese, Prótese e Meios Auxiliares de Locomoção (OPM) do SUS conta com os exames de clamídia e gonorreia para média e alta complexidade. 

A Redação Integrada de O Liberal solicitou maiores informações à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) sobre o funcionamento do serviço em Belém. A reportagem aguarda retorno.

(Gabriel Pires, estagiário, sob a supervisão de João Thiago Dias, coordenador do Núcleo de Atualidades)

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