Sem maioria no Congresso, Milei pressiona deputados e senadores para aprovação do 'decretaço'

Presidente da Argentina afirma que fará consulta popular se o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) não for aprovado e acusou parlamentares de tentarem buscar propinas

O Liberal
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Sem maioria no Congresso, o presidente da Argentina Javier Milei pressiona deputados e senadores pela aprovação do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), editado por ele em 20 de dezembro, e ameaça convocar uma consulta popular caso o "decretaço" seja rejeitado. Em entrevista à emissora LN+, o presidente declarou que a lentidão na tramitação de projetos se deve ao fato de "alguns" legisladores buscarem "propina". 

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"Parte da lentidão dos legisladores se deve ao fato de também buscarem propinas. Alguns, eu digo. Mas o fato de gostarem de discutir é porque estão em busca de propina. Isso aponta justamente contra os corruptos. E uma das coisas que procuram é entrar nessa dinâmica para vender seus votos. Tem muitos criminosos por aí", declarou o presidente. 

“Se eles rejeitarem, eu convocaria um plebiscito e pediria que me explicassem por que estão contra o povo”, continuou o presidente, cujo partido, o Liberdade Avança, é minoria no Legislativo, com 39 dos 257 deputados e 7 dos 72 senadores.

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Em um comunicado nas redes sociais, o porta-voz do governo Manuel Adorni disse que “os deputados e senadores terão que escolher entre apoiar o que o povo votou, a mudança, esta Argentina que queremos para o povo de bem e sem o peso do Estado, ou continuar a obstruir esta mudança e [impedir o que] a maioria do povo quer”.

Os parlamentares devem discutir o DNU de Milei, nos próximos dias. O pacote de medidas modifica ou revoga mais de 350 normas no país e tem o objetivo de desregular a economia argentina. Enfrentando uma de suas piores crises econômicas, a Argentina tem 40% da população vivendo na pobreza e a inflação ultrapassado os 140% anuais. 

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Pela Constituição argentina, caso um plebiscito convocado pelo Poder Executivo sobre o DNU seja aceito, o pacote não entra em vigor automaticamente, mas traria mais capital político para o presidente.

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