Paraense no Chile conta sobre tragédia: "Assustador!"

Os incêndios florestais deixaram 123 mortos até ontem (5), um número que não parou de aumentar desde a origem do incêndio na sexta-feira passada (2).

Igor Wilson
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Os incêndios florestais mais mortíferos da última década no Chile deixaram 123 mortos até ontem (5), um número que não parou de aumentar desde a origem do incêndio na sexta-feira passada (2). O número de mortos chegou a 123 e ainda há dezenas de desaparecidos nas regiões de Viña del Mar, Quilpué, Villa Alemana e Limache, zonas mais afetadas pela catástrofe.

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A tragédia no Chile causou horas de aflição para a família da paraense Maria Ribeiro Brito, que mora há cinco anos com seu marido na província de Talagante, há cerca de duas horas dos incêndios. A província, que fica na região metropolitana de Santiago, foi tomada por uma espessa novem de fumaça causada pelos incêndios, mas a principal preocupação foi com seus sogros.

Seus sogros moram em Quilpué, uma das regiões mais afetadas pelo fogo. Quando as chamas começaram a se alastrar na sexta-feira (2), Maria e seu marido tentaram contato imediato com o casal de idosos, mas sem resposta. A medida que percebiam a dimensão da tragédia e não conseguiam notícia, ambos começaram a sentir desespero e impotência.

“Aqui ficou aquela fumaça densa, que se expandiu rapidamente, mas o desespero foi pelos meus sogros. Eles vivem na região das queimadas e ficaram incomunicáveis com a família, sem internet, sem energia e sem água. Pensamos no pior a madrugada toda, foi assustador”, conta Maria, que é natural de Ananindeua, região Metropolitana de Belém.

Foi uma noite inteira sem dormir, mas no sábado conseguiram notícias e souberam que os sogros foram socorridos e estavam bem, apesar de toda região estar completamente devastada e sob toque de recolher decretado pelo governo chileno.

“Foi assustador, pois por muito pouco a casa deles também não foi afetada, tanto é que casas vizinhas foram completamente destruídas, eles contaram que conhecem amigos antigos que morreram, tudo isso ali perto”, diz a paraense, que já visitou diversas vezes a região atingida.

“O Jardim Botânico de Viña del Mar era um dos lugares mais lindos daquela região e foi completamente destruído, está sendo uma tragédia que deixa o país inconsolável. Chegamos a visitar há pouco tempo, fizemos fotos, inacreditável que ele não exista mais. O casal que tomava conta do parque ia casar nesta terça (6), mas morreu na tragédia, o país está muito triste”, conta Maria.

Muito Trabalho por Fazer

Apenas 32 das vítimas foram identificadas pelo Serviço Médico Legal (SML) e há ainda centenas de desaparecidos. A catástrofe é tal que a Marinha pediu esta segunda-feira aos habitantes de Viña del Mar, Quilpué, Villa Alemana e Limache, que não saiam de suas casas se não for necessário. Quatro dias após o início das chamas, ainda há 165 incêndios em 10 regiões do país, embora concentrados no centro-sul, segundo o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred). O incêndio devastou mais de 26 mil hectares.

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