Novo antibiótico usa método inovador para matar superbactéria

Novo tratamento pode representar avanço que não se via há 50 anos no tratamento de bactérias resistentes a antibióticos

Luciana Carvalho
fonte

Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, identificaram um novo tipo de antibiótico com a capacidade de eliminar a Acinetobacter baumannii, uma superbactéria resistente às categorias de medicamentos disponíveis no mercado. A Acinetobacter baumannii resistente a carbapenêmicos (CRAB) emergiu como um importante patógeno global com opções de tratamento limitadas."Nenhuma nova classe química de antibiótico chegou aos pacientes em mais de 50 anos”, ressaltaram os pesquisadores em um artigo publicado nesta quarta-feira (03) na revista Nature.

Na análise de um banco de dados contendo 44.985 moléculas, a equipe descobriu a zosurabalpina, uma inovadora classe de antibióticos de pequenas moléculas, particularmente eficaz contra a A. baumannii e resistente a carbapenêmicos (CRAB).

VEJA MAIS

image Inglaterra alerta para casos de superbactéria transmitida durante sexo
A bactéria é responsável pelo aumento nos casos de diarreia intensa (que pode apresentar sangue), dor de barriga e febre no país

image Antibiótico capaz de matar superbactéria é descoberto com ajuda de inteligência artificial
A expectativa é de que em 2030 o antibiótico esteja disponível para ser prescrito a pacientes.

image Superbactérias podem ser transmitidas de porcos para seres humanos; entenda
Os cientistas creem que à disseminação de micro-organismos resistentes seja pelo uso de agrotóxicos e antibióticos

Este antibiótico, desenvolvido em parceria com o Grupo Roche (Suíça), foi submetido à testes em placas de laboratório infectadas e em camundongos, demonstrando a capacidade de inibir o crescimento da bactéria em ambos os contextos.

A Acinetobacter baumannii contém moléculas de lipopolissacarídeos (LPS) na membrana externa, as quais bloqueiam a entrada de antibióticos na célula. A zosurabalpina atua no processo de transporte do LPS da membrana interna para a externa da bactéria (periplasma), ligando-se a um complexo proteico na membrana bacteriana conhecido como LptB2FGC. Essa ligação impede o transporte do LPS, resultando em seu acúmulo em níveis tóxicos, matando a bactéria.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Mundo
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

RELACIONADAS EM MUNDO

MAIS LIDAS EM MUNDO