Justiça da Suíça confirma presença de sêmen de Cuca em corpo de adolescente; defesa nega

Advogados do ex-técnico do Corinthians reforçam inocência, mas documentos da época trazem informações de jornais suíços que cobriram o caso

O Liberal

A Justiça da Suíça confirmou que havia sêmen do ex-técnico do Corinthians, Cuca, no corpo de uma adolescente de 13 anos, vítima de um crime sexual ocorrido em 1987. A informação é do Globo Esporte, que entrevistou a diretora dos Arquivos do Estado do Cantão de Berna, na Suíça, Barbara Studer, e teve acesso a uma das páginas do processo.

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Sem trazer informações inéditas que violem o sigilo do processo, a autoridade confirmou que os documentos trazem informações publicadas em jornais suíços que cobriram o caso na época, como a presença do sêmen de Cuca no corpo da vítima, a tentativa de suicídio da adolescente e o fato de ela tê-lo reconhecido.

“Posso dizer que o que está no artigo [do jornal] está correto. Realmente o que está provado é que houve uma situação sexual com uma menor de idade, de treze anos”, disse Barbara Studer.

Na semana passada, logo depois de assumir o comando do Corinthians em meio a protestos, Cuca comentou o caso. Ele afirmou que esteve no quarto onde ocorreu o crime, mas que não participou e não viu o ocorrido com a adolescente. Na última quinta-feira (27), sete dias após ser anunciado como técnico do Corinthians, Cuca renunciou ao cargo depois de receber pressão nas redes sociais.

Após a entrevista de Barbara Studer ao GE, a defesa do técnico se pronunciou, reforçando a inocência de Cuca:

"A defesa de Cuca reputa ser lamentável o irresponsável linchamento por situações ocorridas há 34 anos e contrária à realidade dos fatos. Reafirme-se que Cuca não manteve qualquer relação ou contato físico com a vítima, que, aliás, não o reconheceu, conforme confirmado por diversas reportagens daquela época. Distorções e especulações serão responsabilizadas cível e penalmente, ainda mais por se tratar de processo sigiloso, evidenciando a precariedade e inconsistência de qualquer pretensa informação fornecida por terceiros".

Sobre o caso

Segundo a investigação da polícia local, a jovem suíça se dirigiu com amigos ao quarto dos jogadores do Grêmio, Cuca, Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi. Os atletas, então, a puxaram para dentro e a abusaram. Eles foram presos no dia 30 de julho de 1987, horas depois do crime. 

Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão, pelos crimes de coação e ato sexual com menor. Fernando foi condenado apenas por coação e uma pena de três meses de prisão.

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