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Gal Costa apresenta em Belém repertório do novo DVD 'A Pele do Futuro Ao Vivo'

Cantora é uma das principais atrações do Festival Se Rasgum, realizado a partir desta quinta em Belém

Lucas Costa

O Festival Se Rasgum pode até ser considerado uma vitrine para artistas autorais da cidade, mas é pela atmosfera criada para o público, onde é possível presenciar o momento do encontro entre os novos ares da música e aqueles já marcados na história da cultura do país, que o evento cria memórias. E reforçando essa teoria, este ano o festival traz como uma das atrações principais uma artista que junta tudo isso no palco: Gal Costa. 

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A artista baiana se apresenta no Festival Se Rasgum na sexta-feira (1/11), com o repertório do seu mais novo DVD, “A Pele do Futuro ao Vivo”. No show ela alia desde regravações de suas músicas mais antigas, até composições potentes nunca antes cantadas por ela, e letras de uma geração mais nova de artistas, que cresceu ouvindo Gal no rádio. 

“Acho esse diálogo entre gerações muito importante porque a gente não deve ignorar a juventude. Eles têm grande referência no trabalho da minha geração. É importante mostrar o talento deles”, diz Gal, que também promete um show emocionante no festival. “Estar no palco pra mim é sempre uma grande alegria, é um momento de prazer, que me faz muito bem. Quando eu subo no palco, vem uma energia não sei de onde e eu me sinto com muita vitalidade. Vou cantar até quando der e puder”.

No novo trabalho, Gal dá novos arranjos à canções como “Volta”, lançada originalmente no histórico álbum “Índia”; de 1973; e “Vaca Profana”, de 1984. Entre composições de letristas mais jovens, Gal doa sua interpretação a “Motor”, de Teago Oliveira (Maglore); “Palavras no Corpo”, de Silva e Omar Salomão; e até se arrisca no sertanejo em “Cuidando de Longe”, lançada com participação de Marília Mendonça.

“Eu gosto de misturar coisas novas com músicas do meu passado, da minha carreira, afinal de contas há uma geração nova que ouve e conhece meu trabalho. Foi a oportunidade de mostrar mais um pouco da minha história. Eu queria que fosse um show amplo, que passasse por várias fases da minha carreira, seguindo o caminho disco music do disco. Tem sido muito bonito ver a emoção da plateia”, diz Gal.

Em “A Pele do Futuro ao Vivo”, a artista apresenta um bloco composto apenas de canções escritas à sombra da ditadura militar no Brasil, dos anos 1960 a 1970; como “Dê um Rolê” (Moraes Moreira / Galvão), “Mamãe Coragem” (Caetano Veloso / Torquato Neto), “London, London” (Caetano Veloso) e, inédita na voz de Gal até então, “As Curvas da Estrada de Santos” (Roberto Carlos/ Erasmo Carlos). A artista foi uma das mais atuantes na linha de frente de movimentos contra a ditadura na época, onde artistas como Caetano e Gil lutavam contra a censura à produção cultural na época.

Com uma carreira sempre ativa na música, Gal avalia o momento político atual como perigoso para a cultura, e diz que é muito importante que artistas continuem recebendo incentivos, na mesma medida em que se possibilite o acesso a cultura para o povo. 

“Eu quero que a minha música leve coisas boas para as pessoas, já que a gente vive num mundo e período tão difícil. Acho que a minha música tem que, pelo menos, amenizar à vida das pessoas. O lugar que eu quero chegar é tocar o coração e a alma das pessoas”, diz Gal.

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