Sedativo usado por anestesista que estuprou grávida pode causar alucinações e afetar bebês

A vítima estuprada por Giovanni no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, Baixada Fluminense, foi sedada por completo

O Liberal
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O médico Giovanni Quintella, que estuprou uma grávida em trabalho de parto, usava Propofol e Ketamina para sedar suas pacientes. Segundo o anestesista Luis Antônio Diego, diretor da defesa profissional da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, as duas drogas podem ser prejudiciais à mulher e ao bebê, dependendo da dose. As informações são do Portal Metrópoles.

Diego explica que a Ketamina é um tipo de droga que, dependendo da dose, pode trazer alucinações, e é pouco usada para cesárea justamente porque pode ser prejudicial em alguns casos. “Já o bebê, pode nascer sem as respostas adequadas, como aquele primeiro choro, por exemplo. Qualquer droga pode passar para o feto e trazer efeitos, que podem ser passageiros ou mais demorados”, declarou.

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A vítima estuprada por Giovanni no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, Baixada Fluminense, foi sedada por completo e estava no meio de uma cesárea, aguardando o nascimento de seu filho. O uso das drogas foi confirmado em depoimento pela equipe de enfermagem, que registrou a cena com um celular escondido.

Delegacia da Mulher de São João de Meriti, que investiga o crime, também constatou traços de anormalidade na sedação em todos os casos relatados até agora, o que pode levar o médico a responder por violência obstétrica.

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Segundo Luis Antônio Diego, não é um procedimento comum usar sedativos durante o parto e, caso haja necessidade, como em casos emergenciais, a paciente precisa ser comunicada. Ele explica ainda que a maioria dos partos no Brasil é feita com a raquianestesia, um bloqueio no neuroeixo, para anestesiar da região do abdômen até as pernas. “O normal é não sedar, porque não há necessidade. Caso seja preciso por algum motivo, isso é conversado com a paciente. É um direito dela escolher fazer a sedação ou não. Somente em casos excepcionais que ela é usada, se porventura a raquiana não pegar na paciente, ou caso ela peça, por traumas, motivos pessoais ou caso comece a sentir dor, por outras complicações”, explica o médico.

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