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Qual é o impacto da dengue em bebês e crianças? Descubra os riscos e medidas preventivas

Casos em Belém nessa faixa etária aumentam em relação a 2023; sintomas podem ser diferentes e confundidos com outras viroses comuns na idade, alerta especialista

Eva Pires
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Em Belém, nos primeiros meses deste ano, os casos de dengue em bebês e crianças excederam os registros de 2023. Diante disso, surgem questionamentos sobre como o vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, afeta essa faixa etária. Conforme especialistas, a doença se manifesta nessa idade por sintomas semelhantes aos que afetam os adultos. No entanto, eles enfatizam a necessidade de identificar sintomas diferentes e diferenciá-los de outras viroses comuns em bebês e crianças, além de estar atento às particularidades na prevenção

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que, até o momento, em 2024, Belém notificou 72 casos de dengue confirmados em crianças e 6 em bebês. Os números revelam um aumento em comparação aos casos confirmados no ano passado, no qual foram notificados 56 casos em crianças e 4 em bebês. Não houve nenhuma morte pela doença nessa faixa etária nos dois anos.

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Atenção aos sintomas em bebês e crianças

De acordo com  Cleonice Aguiar, especialista em infectologia pediátrica, é muito desafiador diferenciar a dengue das outras doenças causadas por vírus na infância, especialmente abaixo dos dois anos. "Normalmente, a gente se atenta à presença de febre e ao cenário epidemiológico no momento em que a criança adoece. Se for num cenário em que nós tenhamos vários casos de dengue acontecendo, é obrigatório excluir a possibilidade de dengue nas crianças que apresentem febre há menos de cinco dias", explica.

Uma das principais características da dengue é a febre alta, acompanhada de dor articular, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, mas em crianças, especialmente abaixo de dois anos, podem haver outros sintomas associados, inclusive sintomas digestivos, como diarreia. Ainda, pode não ter a caracterização da dor de cabeça, mas sim somente irritabilidade ou até mesmo sonolência.

"Então, nesses bebês, nós precisamos estar muito atentos à possibilidade de ser dengue em qualquer quadro em que houver febre, independente ou não de ter sintoma respiratório, ou gastrointestinal associado", afirma.

Diagnóstico

Conforme a especialista, o diagnóstico da dengue pode ser feito por meio de exames de laboratório. "Existe um teste rápido que pode ser feito nos primeiros cinco dias da doença e depois de cinco dias da doença, se faz a investigação por meio da busca de anticorpos causados pelo vírus. São exames de sangue que podem ser solicitados e são de fácil interpretação", diz.

Tratamento

O tratamento para crianças, segundo a médica, deve ser individualizado de acordo com o peso em função da hidratação, que precisa ser generosa. Além de avaliar o acometimento de outros órgãos como o fígado, que é um órgão bastante afetado durante episódios de dengue.

"O tratamento na infância é similar ao do adulto, apenas com medicação sintomática, vigilância rigorosa e hidratação, oral ou pela veia, com seguimento rigoroso da equipe médica, sendo diferencial apenas o maior risco de complicação em crianças pequenas para a evolução de dengue grave", destaca.

Prevenção

A vacinação está disponível somente para crianças a partir de quatro anos. Menores de quatro anos necessitam de medidas adicionais como repelente e barreiras físicas.

"A melhor forma de prevenir a dengue é pelo controle do mosquito, podemos usar repelentes em crianças a partir de seis meses. Há diferentes substâncias que podem ser usadas e pelas normas da Anvisa, todo repelente tem em sua composição a faixa etária para qual ele é indicado", declara.

Confira as dicas para proteger as crianças do mosquito da dengue

- O repelente deve ser aplicado principalmente naquelas horas com mais mosquito ao longo do dia, no início e no final, principalmente nas áreas expostas
- Evitar passar nas mãos porque é uma substância química e a criança não pode engolir, nem passar nos olhos
- Evitar também dormir com repelente
- Preferir usar roupas compridas
- O repelente costuma ter duração entre duas e seis horas de ação. Após isso, o ideal é que a pele da criança seja lavada e que se use barreiras físicas para controlar o mosquito.

Eva Pires (estagiária sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade)

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