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Complexo do Ver-o-Peso movimenta R$ 1 milhão por dia

Só de pescado transitam no mercado, por dia, entre 80 e 100 toneladas

Dilson Pimentel
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O Ver-o-Peso foi inaugurado no dia 27 de março de 1627. E, ao longo deste tempo, transformou-se em um gigantesco complexo, com quase 30 mil metros quadrados de área, sendo considerado hoje, a maior feira livre a céu aberto da América Latina, onde trabalham aproximadamente cinco mil pessoas distribuídas em 12 atividades comerciais (com vendas de frutas, verduras e legumes, peixes, carne, mariscos, aves vivas, farinha, comida regionais, ervas e cheiros diversos, tucupi, maniva, açaí, artesanato e importados), espalhadas pelo chamado Complexo do Ver-o-Peso (Mercado de Peixe, Mercado de Carne, Feira da Alimentação e a Feira do Açaí), segundo o supervisor técnico do Dieese, o economista Roberto Sena, e Everson Costa, supervisor técnico técnico encarregado da pesquisa.

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Estima-se que a contribuição conjunta de todas as atividades do Complexo do Ver-o-Peso injetem na economia paraense diariamente cerca de R$ 1 milhão. Os dados levantados mais uma vez no estudo do Dieese/PA sobre o Complexo do Ver-o-Peso em Belém em relação principalmente as suas atividades impressionam a cada ano. No caso especifico da movimentação do pescado no Ver-o-Peso, os números são gigantescos, acrescentou o Dieese/PA. O Estado está entre os maiores produtores de pescado do País, contribui com a balança comercial nacional com cerca de 20 % de todo o pescado produzido. A produção paraense é de cerca de 300 mil toneladas ano - uma parte considerável dessa produção escoa diariamente pelo Complexo do Ver-o-Peso. 

A estimativa é de que, por dia, transitem pelo complexo entre 80 a 100 toneladas de pescado, chegando a 150 toneladas por ocasião da Semana Santa. Entre 12 a 15 toneladas são comercializadas diariamente no próprio Mercado do Ver-o-Peso - o restante é distribuído pelos demais mercados municipais e feiras da Grande Belém e/ou exportados pelos caminhões frigoríficos para outros municípios do Estado e, também, para outros Estados da Federação. O mais antigo e o maior entreposto comercial da Amazônia é um lugar em que se vende praticamente de tudo. O comércio pesqueiro domina o lugar com as vendas de cerca de 40 tipos diferentes de pescado - dourada, pescada branca, pescada amarela, pescada gó, filhote, tamuatá, e outros tantos, de uma variedade de peixes inédita no Brasil e do mundo.

Quanto à Feira do Açaí (mesmos com todos os problemas ligados à sazonalidade e comercialização), ainda conforme Roberto Sena e Everson Costa, estima-se que a comercialização média por ano alcance cerca de 30 toneladas do produto, movimentando uma receita gigantesca com essas vendas. Informa inda o Dieese/PA que, além do peixe e do açaí, são comercializados diariamente também dezenas de outros produtos, entros quais a farinha de mandioca e os produtos hortis (hortaliças, verduras e legumes), e, ainda, frutas típicas da região. No caso da farinha, são cerca 30 vendedores comercializando por dia, entre 4,0 mil a 5,0 mil quilos de farinha de mandioca, com uma média mensal de aproximadamente 140 mil quilos. O produto, em sua maioria, vem das ilhas próximas de Belém, como também de Santa Izabel, Capitão Poço e outras cidades do Nordeste paraense. A média anual da comercialização da farinha de mandioca no Complexo do Ver-o-Peso, nos últimos oito anos, esta estimada em aproximadamente 100 toneladas/ano.

No caso dos hortifrutigranjeiros, os números também impressionam. Estima-se que sejam comercializadas, no Complexo do Ver-o-Peso, aproximadamente 30 toneladas de hortaliças, legumes e produtos de granjas mensalmente. Mais de 70 vendedores comercializam cerca de 10 mil maços de verdura por dia a preços que oscilam entre R$ 1,00 e R$ 2,00 a unidade, o que resulta numa renda expressiva em um dia movimentado. Cheiro-verde, alface, tomate, caruru, alface, couve, alfavaca, entre outros, dobram de quantidade na época da safra. 

No setor de cereais, cerca de duas toneladas são comercializadas por dia, contando-se arroz, feijão e outros grãos vendidos nas barracas próximas ao Mercado de Peixe. Há, ainda, os vendedores de bombom de cupuaçu e de polpa de frutas - a venda varia de acordo com a safra, mas a variedade é grande em qualquer época: cupuaçu, bacuri, maracujá, acerola, goiaba, taperebá e outras são vendidas no atacado e no varejo.
Na Feira do Ver-o-Peso, também se da a maior comercialização diária do tucupi e da maniva, e essas vendas crescem mais ainda na época do Círio de Nazaré. Em função de tudo isso, ao completar na próxima quarta-feira 392 anos, o Ver-o-Peso continua tendo uma importância econômica gigantesca não só para a economia de Belém (Capital), mas para todo o Estado do Pará, acrescentou o Dieese.
 

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