Gesseiro Manoel Monteiro alerta para fumaça no Canal Água Cristal, na Marambaia
Moradores dizem que o problema é resultado da queima de lixo e entulho dos conjuntos Médici, Mendara e Pedro Álvares Cabral
No Canal Água Cristal, no trecho localizado entre as passagens União e Santa Rosa, no bairro da Marambaia, em Belém, moradores reclamam da incidência de fumaça que há mais de um mês vêm se prolongando no perímetro. Os moradores dizem o problema é causado pela queima de lixo retirado dos conjuntos Médici, Mendara e Pedro Álvares Cabral. Carroceiros estariam jogando os entulhos para dentro do canal e colocando fogo nos resíduos. O gesseiro Manoel Moreira conta que a situação está prejudicando a saúde dos residentes. A fumaça já causou problemas respiratórios em crianças e idosos.
Os próprios moradores vêm tentando apagar a fumaça com a utilização de mangueiras e baldes de água. No local, a comunidade também já jogou até caroços de açaí como alternativa para tentar apagar o fogo. As denúncias apontam que uma moradora já teria deixado a região por conta de danos respiratórios oriundos da fumaça.
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"Essa fumaça está ocorrendo há mais de 20 dias. Uma mãe e seu filho de poucos meses tiveram que sair do kit-net de um vizinho. Eles não conseguem dormir lá por conta da fumaceira. Todos nós estamos passando mal por conta disso. A gente tenta jogar água no local e não consegue, porque a fumaça está saindo por baixo", diz Manoel Moreira.
O gesseiro é um dos prejudicados pela fumaça. "Nós não temos condições de conseguir apagar esse fogo. Já chamamos os Bombeiros, tentamos falar com a prefeitura, com a Defesa Civil, mas ninguém faz nada. Quem tem sinusite ou rinite, está saindo daqui e indo direto para o hospital", conta Manoel.
Segundo o encanador João Alves, morador da comunidade, os responsáveis pela queima dos resíduos estariam indo até o local para atear fogo em fios para retirar o cobre e depois vendê-lo. "Eu não sei quem foi que ateou fogo. Eles não queimam só lixo, queimam fio e cobre", acrescenta.
Procurada peça redação para comentar o problema, a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) disse que o local mencionado é um ponto de descarte irregular. "A empresa responsável pela limpeza da área será acionada para regularizar a situação", confirmou a Sesan. Sobre as solicitações que os moradores fizeram ao Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA), o órgão informou que não há registros de ocorrências em seu sistema.
A reportagem também tentou contato com a Defesa Civil de Belém - mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.
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