Hospital Público do Araguaia promove cirurgia de captação de órgãos e beneficia três famílias
Força-tarefa envolvendo diversas instituições do Estado garantiram transporte de fígado para o estado do Rio de Janeiro e de rins e córneas para Belém
No mês de abril, na cidade de Redenção, região de integração do Araguaia, ocorreu uma doação de órgãos que envolveu a retirada de fígado, rins e córneas de uma doadora falecida. O procedimento cirúrgico, que durou três horas, foi realizado no Hospital Regional Público do Araguaia e contou com a colaboração de vários profissionais da saúde, Força Aérea Brasileira (FAB) e Central Estadual de Transplante (CET).
Durante o procedimento cirúrgico, que durou cerca de três horas, no momento uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e outra do Grupamento Aéreo do Estado do Pará (GRAESP) aguardavam para transportar a equipe e os órgãos para Rio de Janeiro (fígado) e para Belém (rins e córneas), localidades onde os receptores aguardavam para serem transplantados.
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“A doação de órgãos é comparada a uma engrenagem com a participação de dezenas de pessoas, cada uma atuando de forma específica em cada etapa do processo, em que só se pode avançar para etapa seguinte se tudo der certo na fase que está sendo executada. E para que isto aconteça, todos os profissionais envolvidos precisam atuar harmonicamente e a Central Estadual de Transplantes/SESPA tem a responsabilidade de coordenar todo o processo à luz da legislação Brasileira e das diretrizes Estadual”, afirma Ierecê Miranda, coordenadora da Central de Transplantes do Pará.
Como é feito o processo de retirada de órgãos?
O médico Evandro de Souza explica que o processo envolve vários especialistas da saúde. Após o diagnóstico de morte cerebral, a equipe médica inicia o protocolo humanizado, que é o momento em que a família recebe a notícia e pode decidir pela doação de órgãos ou não. Esse processo é acompanhado pela equipe de psicólogos, que oferecem auxílio psicossocial durante todo o processo de decisão.
Além disso, o HRPA também oferece para a família as visitas humanizadas, nas quais os parentes conseguem expandir o tempo de acompanhamento e permitir que mais familiares consigam se despedir da pessoa amada.
“O papel da psicologia é um dos principais auxílios nesse processo, pois acompanha desde o início até o final as etapas da decisão e doação, oferecendo todo suporte necessário que a família precisa. Além de acolher os desejos religiosos e ajudar na ressignificação dos processos do luto”, falou Cecilia Alves de Oliveira , psicóloga da CIHDOTT.
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