Dezembro Laranja: profissional alerta sobre os cuidados para evitar o câncer de pele

A oncologista Paula Sampaio orienta as formas de prevenção a serem tomadas para evitar o câncer de pele. Veja quais os grupos de risco, os tipos de câncer de pele, como fazer o autoexame e qual a prevenção da doença

Gabriel Bentes
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Estar em contato com sol é importante para a saúde e o bem-estar, afinal essa é a principal fonte de vitamina D. No entanto, essa exposição com os raios solares deve ser sempre com cuidado para evitar o câncer de pele, o tipo de neoplasia mais comum no mundo todo. O mês de dezembro é marcado pela campanha "Dezembro Laranja", criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, em 2014, para informar o maior número de pessoas sobre os cuidados com a pele. 

Segundo a Fundação de Câncer de Pele (Skin Cancer Foundation - EUA), 90% dos cânceres de pele não melanoma - aqueles que surgem nas células basais ou nas escamosase - 86% dos casos de melanomas - com origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele - são causados pela exposição em excesso ao sol e sem a devida proteção. Considerando esses fatores, esse tipo de câncer pode ser evitado.

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Grupo de risco

O câncer de pele pode atingir homens e mulheres adultos, a partir dos 40 anos, sendo mais propenso a pessoas do sexo masculino por trabalharem, historicamente, com maior exposição ao sol. Ademais, indivíduos de pele, cabelos e olhos claros tem maiores chances de ter a doença. O histórico familiar de câncer de pele também aumenta o risco. 

Tipos de câncer de pele

Não melanoma

O câncer de pele não melanoma é o mais comum entre as pessoas, com 220 mil novos casos anualmente. Esse número corresponde a cerca de 31% de todos os tipos de tumores malignos no Brasil a cada ano. O não melanoma tem menor gravidade e letalidade baixa, mas pode deixar sequelas, como mutilações no corpo. 27.550 pessoas morreram em 2022 no Brasil em decorrência do câncer de pele não melanoma. 

Melanoma

O câncer de pele melanoma corresponde a 4% dos casos de câncer de pele. Estima-se que o Brasil terá cerca de 8.980 casos novos até o final de 2023. Esse tipo de câncer é o mais agressivo e letal. Por isso, é fundamental o diagnóstico precoce, uma vez que quando as chances de cura são de 90% quando a doença é descoberta o mais brevemente.

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Essa é a regra, se quiseres diminuir não apenas o envelhecimento da pele, mas também os riscos de desenvolver câncer de pele

Autoexame e diagnóstico precoce

A oncologista ressalta a importância do autoexame, que pode ser feito de maneira simples em casa. As principais áreas do corpo com maior chances de câncer de pele são rosto, pescoço, orelhas e couro cabeludo. É válido verificar também peito, costas, braços, pernas, mãos e pés, inclusive as solas. Abaixo, veja algumas dicas que podem ajudar a identificar um possível câncer de pele:

  • Assimetria: Você deve se atentar caso tenha uma pinta ou um sinal na pele de formato irregular;
  • Bordas: Pintas com bordas irregulares também devem ser um sinal de alerta;
  • Cor: Se a tonalidade daquele sinal se modificar ou se tiver mais de uma cor, é um alerta;
  • Diâmetro: Caso o sinal aumente de tamanho, é recomendável procurar um profissional;
  • Evolução: Observando mudanças, evoluções nesses aspectos representados pelas características acima, recomenda-se procurar um especialista. Essa atitude pode assegurar o diagnóstico do câncer de pele logo em seu estágio inicial.

"O importante é que a gente observe o nosso corpo, que fiquemos atentos. Se surgirem alterações suspeitas, procure logo um dermatologista." orienta a oncologista.

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Ao se identificar qualquer alteração em sinais, manchas na pele, deve-se buscar uma avaliação médica e sempre evitar a exposição demasiada ao Sol, no combate à doença

Prevenção

A oncologista Paula Sampaio explica que é fundamental ter cuidados diários e em momentos de maiores exposições para evitar o câncer de pele. "A solução depende de nós. Não podemos deixar de usar protetor solar", destaca a profissional. "Devemos usar todos os dias, pelo menos nas áreas de mais exposições, como rosto, mãos e braços. Na praia e piscina, o cuidado tem que ser redobrado: filtro solar no corpo inteiro, com fator de proteção 30 ou mais. Depois de duas ou mais horas, tem que reaplicar. Se der um mergulho ou suar muito, reaplicar também. Barreiras físicas como chapéus, óculos de sol, guarda-sol, roupas feito com tecido UV também são recomendados" orienta Paula Sampaio.

A profissional diz ainda que a melhor maneira de prevenção do câncer de pele é evitar a exposição prolongada e repetida do corpo ao sol entre os horários das 10h e 16h, período que há maior incidência de raios solares. 

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Estudos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica também mostram que a maioria dos danos causados pelos raios solares ocorrem entre o público mais jovem, entre 8 e 18 anos, quando crianças e jovens se expõe mais a atividades ao ar livre e sem os devidos cuidados para a proteção da pele, como o protetor solar. Por se tratar de consequências acumulativas, é fundamental o cuidado com a pele durante essa faixa etária para evitar problemas com mais idade.

A oncologista alerta os cuidados com a pele até mesmo quando não há muita incidência do sol. "Mesmo em dias nublados, as proteções contra os raios violeta são necessários", explica Paula.

(*Gabriel Bentes, estagiário de jornalismo, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Rayanne Bulhões)

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