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Cientistas brasileiros descobrem célula que pode proteger contra Parkinson; entenda

Para os especialistas, descoberta é surpreendente, uma vez que a mesma célula era anteriormente apontada como inimiga do tratamento.

Rayanne Bulhões

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma célula que pode proteger contra a doença de Parkinson. Fisiologistas e biomédicos da universidade identificaram que as microglias, um tipo de célula do sistema nervoso central, têm uma função importante para evitar a perda neuronal causada pela doença. A descoberta é surpreendente, uma vez que a mesma célula era anteriormente apontada como inimiga do tratamento.

A pesquisa foi publicada em fevereiro no Journal of Neuroimmunology. O estudo foi realizado em camundongos e mostrou que as microglias têm a capacidade de defender o cérebro contra a perda de neurônios e as alterações motoras causadas pelo Parkinson. Antes, acreditava-se que a microglia prejudicava o tratamento, pois, em testes laboratoriais, quando elas eram bloqueadas por remédios, os sintomas do Parkinson diminuíam.

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O que dizem os pesquisadores? 

Segundo a pesquisadora Carolina Parga, primeira autora do estudo, os resultados sugerem um possível caminho para o tratamento da doença no futuro, quando forem descobertos mecanismos para ativar a microglia de maneira benéfica. Para Luiz Roberto Giorgetti de Britto, coordenador do estudo, a microglia tem uma função dupla: no começo da doença, ela protege contra a perda neuronal, mas, à medida que a doença progride, se transforma em inimiga, assim como em outras doenças, como o Alzheimer.

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Como se deu apesquisa? 

A pesquisa foi realizada com camundongos divididos em dois grupos. Ambos receberam injeções diretamente no cérebro de uma toxina que simula os sintomas do Parkinson. No entanto, um dos grupos havia tido todas as microglias queimadas anteriormente, a partir do uso de substâncias controladas. Os ratos que não tinham mais as células enfrentaram sintomas muito mais severos de perda de movimentos e incapacidade de cumprir funções neuronais. Para os pesquisadores, o estudo abre caminho para mais pesquisas sobre o assunto.

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