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Instituto Dea Maiorana busca avançar em agenda que une o socioeconômico e o ambiental no Pará

Entidade muda foco para apoiar projetos e ações junto a comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas

Elisa Vaz
fonte

Avançar na agenda ambiental com o desafio de reduzir a pobreza e apoiar as pessoas mais vulneráveis é o principal objetivo do Instituto Dea Maiorana (Idea), que toma a cena a partir desta quinta-feira (25), assumindo o espaço do Instituto Criança Vida em uma mudança de nome, marca e atuação. Contribuir com a melhoria da qualidade de vida e com o desenvolvimento de crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social continua sendo a missão da entidade, mas agora ela também estará focada em apoiar projetos e ações que promovam o empoderamento social de mulheres no Pará. O site da entidade (institutodeamaiorana.com.br) já pode ser acessado.

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Diante de um cenário cada vez mais intenso de mudanças climáticas, a ideia é causar um impacto positivo especial em comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas, estimulando o empreendedorismo social, cultural e ambiental em suas localidades para desenvolver a renda, autonomia e emancipação, aliando a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade a tecnologias sociais e ações que preservem a floresta em pé.

Segundo a presidente e idealizadora do Instituto Dea Maiorana, Rosângela Maiorana, o novo nome foi escolhido em homenagem à sua mãe, a matriarca da família. “Desde muito nova, dona Déa, como nossa mãe é carinhosa e respeitosamente chamada por muitos, tem tido uma vida pautada em garantir o respeito e o bem-estar das pessoas mais vulneráveis. A solidariedade é um valor importante que ela nos passou e que será difundido nas ações do Idea”, ressalta.

Apoio a mulheres

A nova etapa do projeto terá a direção de Camille Bemerguy, PhD em economia, mestre em planejamento do desenvolvimento e especialista em bioeconomia e políticas sociais e ambientais inclusivas. De acordo com ela, a intenção é retomar as ações já promovidas pelo Instituto Criança Vida, mas agora com o reconhecimento de que a Amazônia vive um “momento muito especial”, em que as questões ambientais e climáticas se tornam fortes. Olhar para as pessoas da região de forma mais ampliada e conciliar isso ao conceito de transformação social, para ela, é a prioridade.

image A diretora Camille Bemerguy diz que o Instituto Dea Maiorana quer construir uma diversidade de projetos e ações que gerem sustentabilidade para as mulheres e jovens do Estado (Thiago Gomes / O Liberal)

“Vamos olhar a pobreza, a desigualdade e também para aqueles atores que são mais afetados pelas crises ambientais e climáticas que a gente passa, que são as mulheres e os jovens em situação de vulnerabilidade. Vamos poder abraçar e transformar. Foi o que motivou essa retomada do Instituto Criança Vida, mas sob um novo olhar, voltado para esse público. O Idea, quando decide abraçar as mulheres, pensa também em dar um exemplo, orgulho e fortalecimento para jovens e crianças. O olhar para as mulheres é de um lugar não só de empreendedorismo feminino, mas de todas as ações que conciliam o espaço da mulher, seja do lado cultural, social ou educacional”, enfatiza.

Na prática, o Instituto Dea Maiorana quer construir uma diversidade de projetos e ações que gerem sustentabilidade para as mulheres e jovens do Estado, abraçando capacitações, campanhas educacionais e ambientais, aulas de empreendedorismo, além do fortalecimento e valorização da cultura local. Camille ressalta que o projeto não estará fechado em uma missão específica, mas vai atuar por meio de ações que construam uma possibilidade de transformação da realidade social e econômica a longo prazo.

Financiamento e parcerias

A iniciativa conta com o apoio e a consultoria da ViaFloresta, hub de inteligência estratégica para geração de impactos socioambientais positivos e transformações sustentáveis; além da parceria da Marola, agência digital responsável pelo desenvolvimento do hotsite; da FX Produtora, que realizou os filmes da campanha de lançamento do IDEA; e dos fotógrafos Tarso Sarraf e João Ramid, que cederam imagens dos seus arquivos pessoais para o projeto.

Camille Bemerguy explica que a ViaFloresta vai apoiar o primeiro grande projeto do Instituto, chamado “Mulheres da Floresta”, coordenado por José Mattos e Thayná Fagundes, paraenses que trabalham com a realidade local. “Isso é uma coisa que o Instituto está priorizando muito. É um Instituto construído aqui, para as pessoas daqui, a partir de um conhecimento local”, declara.

image Iniciativa leva o nome de Dea Maiorana, matriarca da família que, desde cedo, praticou e repassou os valores de responsabilidade social (Divulgação)

Em um mundo de crises múltiplas - mudanças climáticas, perda da biodiversidade, desigualdade crescente, pobreza, fome e violência -, a sociedade não deve apenas mitigar e se adaptar aos efeitos das mudanças climáticas, dizem as organizadoras, mas também transformar o modelo econômico e o relacionamento com o meio ambiente. Por isso a importância de avançar na agenda ambiental com o desafio de reduzir a pobreza e apoiar os mais vulneráveis no processo de transição ecológica com justiça social e climática.

Para realizar todas as atividades planejadas, a diretora diz que será importante firmar parcerias com o setor público, setor privado, terceiro setor, organismos internacionais e todos os agentes que vão fortalecer e construir junto com a equipe, cada um com a sua expertise. “Vai ser possível que pessoas físicas e jurídicas contribuam para ações específicas do Instituto. O Sebrae também já se mostrou aberto para construir ações em conjunto. Entendemos que um só agente, isolado, não vai conseguir a transformação e o impacto que a gente quer”. Assim, segundo Camille, o impacto vai ser maior.

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