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Reunião entre países da Amazônia e bancos internacionais em Belém tem discussão sobre financiamentos

Encontro aconteceu no Palácio do Governo do Pará, na primeira reunião Ministerial dos Países Amazônicos do Fórum de Habitação e Urbanismo da América Latina e Caribe (Minurvi 2024) sob a presidência do ministro das Cidades do Brasil, Jader Filho.

Igor Wilson

Autoridades governamentais dos países que fazem parte da Amazônia e representantes das principais instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), estiveram reunidos esta segunda-feira (15), no Palácio do Governo do Pará, na primeira reunião Ministerial dos Países Amazônicos do Fórum de Habitação e Urbanismo da América Latina e Caribe (Minurvi 2024) sob a presidência do ministro das Cidades do Brasil, Jader Filho.

O encontro serviu para as partes debaterem possibilidades de futuros financiamentos por parte das organizações financeiras a projetos e políticas públicas de habitação e desenvolvimento urbano à realidade amazônica. No centro da mesa do salão oval e ao lado de autoridades da Bolívia, Equador, Peru e Suriname, o ministro brasileiro chegou a pressionar os representantes dos bancos internacionais, pedindo que fossem claros em relação aos requisitos para acesso aos financiamentos internacionais.

“Temos muitos projetos prontos para apresentar para vocês. Todos nós aqui temos projetos na ponta do laço, só vocês darem o play para nós, mostrarem qual a meta e qual quadrante que vocês querem atingir, se é saneamento, mobilidade, habitação, vocês vão nos dizer o que tem de recurso e quais parâmetros, que apresentamos imediatamente para vocês, mas precisamos que vocês sejam específicos”, disse Jader Filho logo após a fala da representante do Banco Mundial, Emanuela Monteiro, que discorreu sobre as especificidades da região.

Logo após a fala do ministro instalou-se um certo clima de tensão na reunião. Tentando responder aos questionamentos do ministro brasileiro de dos demais representantes dos países presentes, o diretor de Habitação e Mobilidade Sustentável do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina), falou sobre as singularidades da região amazônica, onde atualmente a economia é baseada principalmente em atividades extrativistas que destoam de temas como preservação ambiental e sustentabilidade.

“Queremos projetos que sejam sobre um novo sistema de valores para a cidadania. Você diz que há muitos projetos, mas não todos são bancáveis, nem todos cumprem os requisitos para obter o financiamento. Cada município tem que mostrar suas propostas, é uma região heterogênea, isso nos demanda uma mudança para conseguirmos fornecer instrumentos para financiar projetos dentro desses objetivos”, disse o representante do CAF.

Agir em Bloco

O destaque do evento foi a decisão conjunta dos países amazônicos de unirem forças para negociar financiamentos com os principais bancos de desenvolvimento internacionais. Esta ação visa obter recursos para projetos que abrangem áreas cruciais como mobilidade urbana, habitação e preservação ambiental, áreas consideradas fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região.

Ao final do encontro, o ministro das Cidades do Brasil expressou sua confiança no potencial das parcerias internacionais para impulsionar o desenvolvimento sustentável na região. "A união dos países amazônicos é uma forma de agir em bloco em busca de financiamentos para projetos cruciais para garantir o futuro da Amazônia e de seus habitantes. Estamos comprometidos em trabalhar juntos para enfrentar os desafios comuns e aproveitar as oportunidades de crescimento sustentável", disse Jader Filho.

Hernan Navarro, vice-ministro do Peru, ecoou esse sentimento, destacando a importância da cooperação regional para enfrentar os desafios compartilhados. "Nós, países amazônicos, enfrentamos desafios semelhantes em termos de urbanização, habitação e conservação ambiental. Ao nos unirmos e buscarmos financiamentos internacionais em conjunto, podemos fortalecer nossas capacidades e maximizar o impacto de nossos esforços", afirmou Navarro.

Apesar das diferenças e dos obstáculos encontrados, a reunião ministerial do Minurvi 2024, para o ministro brasileiro, foi marcada por um clima de otimismo e cooperação. “Os países amazônicos demonstraram sua determinação em trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios que transcendem fronteiras, agora eles precisam nos dizer o que querem, o resto é conosco, conversando com governos e municípios para apresentarmos os melhores projetos. Tenho certeza que antes da COP 30 muita coisa boa ainda vai acontecer dessa parceria”, disse.

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