Prefeitura de Ananindeua deve R$ 3,5 milhões para hospital que corre risco de suspender atendimento

Dívida do prefeito Daniel Santos com Anita Gerosa data de 2023

O Liberal
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A situação do Hospital Anita Gerosa, em Ananindeua, é desesperadora. De acordo com o próprio hospital, o prefeito Daniel Santos, o Dr. Daniel, deve R$ 3,5 milhões à unidade desde o ano de 2023, e o hospital que tem grande fluxo de pacientes e acompanhantes, corre o risco de suspender a assistência no município. 

Conforme apurado, a dívida de R$ 3,5 milhões refere-se aos meses de janeiro a junho e de outubro a dezembro de 2023 e, de janeiro a março de 2024, e diz respeito ao convênio 001 de 20/02/2019. O dispositivo previa a prestação de serviços nas áreas de Clínica Obstétrica, Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), Clínica Médica e Serviços de diagnóstico ambulatorial.

Localizado na avenida Magalhães Barata, nº 1604, no bairro de Centro de Ananindeua, o hospital tem 64 leitos, e é um estabelecimento filantrópico, sem fins lucrativos, sob a gestão da Sociedade Beneficente São Camilo, com sede em São Paulo, desde o ano de  2005. O hospital tem convênio com o município de Ananindeua para a prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Gestão Daniel Santos tem outras dívidas na área da saúde

Também há informações de que as dívidas da Gestão Daniel Santos na área de saúde envolvem também o antigo Hospital Camilo Salgado, no bairro do Coqueiro. Há na Justiça estadual um processo sobre a desapropriação dos equipamentos do hospital em 2021, pelo prefeito Daniel Santos, e até então sem o devido pagamento de R$ 14 milhões de indenização, pela desapropriação.

Em 2021 e 2022, o Ministério da Saúde repassou cerca de R$ 20 milhões para a Prefeitura de Ananindeua, que até então não esclareceu a aplicação do recurso. Os repasses foram destinados para custeio dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de Retaguarda de Urgência e Emergência (RUE), do Hospital Camilo Salgado. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).

Mesmo com o recurso de R$ 20 milhões, o hospital não presta serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2021. A Secretaria de Estado de Saúde informou,por exemplo, que não há relatórios da produção desses serviços no hospital, durante os anos referentes aos repasses em questão, nos sistemas de Informação Ambulatorial (SIA) e de Informação Hospitalar Descentralizado (SIHD), do Datasus, o departamento de Informática do SUS.

Apesar disso, a gestão municipal manteve os pedidos de verbas ao Ministério da Saúde para custear os leitos hospitalares. O portal municipal da transparência também mostra que não houve repasses da Prefeitura para o Camilo Salgado, que se encontra fechado atualmente por conta de um embate judicial com a administração do município.

O Grupo Liberal enviou pedido de posicionamento à Prefeitura Municipal de Ananindeua, e o prefeito Daniel Santos afirmou que o débito não existe. “Não tenho como ser informado, pois não existe este débito e nem nenhum documento do prestador à prefeitura”, destacou o prefeito na tarde deste sábado (20/04).

O Grupo Liberal também pediu o posicionamento do Hospital Anita Gerosa e à Secretaria Municipal de Saúde, e até o fechamento desta edição, não recebeu retorno, seguindo com o jornal à disposição para os esclarecimentos.

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